Mesmo sendo conhecido como “mosquito da dengue”, o aedes aegypti não transmite apenas essa doença. Encontrado em várias partes da África e da América do Sul, o inseto também provoca o contágio da febre amarela urbana.
Mais recentemente, uma nova doença chamada Chikungunya está associada ao mosquito que agora é transmissor de três problemas bastante graves.
Aedes aegypti vive em zonas urbanas
O mosquito é pequeno, tendo em média meio centímetro de comprimento. Vive em regiões urbanas, tendo preferência pelo calor úmido dos climas tropical e subtropical. Se reproduz em águas paradas, local onde os ovos são depositados.
Inseto é conhecido pela dengue, mas pode ser transmissor de outras enfermidades. Foto: iStock, Getty Images
De coloração preta, o aedes aegypti apresenta manchas, em forma de riscos brancos, no dorso, pernas e cabeça. Fazendo ruídos muito baixos, é quase impossível ouvi-lo.
O inseto macho tem sua alimentação baseada em frutas e vegetais. O potencial de contágio está na fêmea do mosquito, que se alimenta de sangue animal, com preferência pelo humano. É durante a picada que ela contamina a pessoa, transmitindo o vírus. Ao mesmo tempo em que suga o sangue, aplica uma substância que anestesia, não provocando dor.
Dengue é doença que dá fama ao aedes aegypti
A dengue é a doença mais comum entre as provocadas pelo aedes aegypti. O mosquito, inclusive, é conhecido por ser transmissor desta enfermidade. Ela se manifesta de duas formas, pode ser caracterizada por dengue clássica e dengue hemorrágica.
Na forma clássica, os sintomas são mais leves, mas incluem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região dos olhos. Depois do quinto dia, a febre começa a desaparecer e, no décimo, os demais sintomas.
No modo hemorrágico, a doença surge pela segunda vez na pessoa e as complicações são mais graves. No começo, os sintomas são semelhantes ao da forma clássica, mas no quinto dia começam a piorar.
Hemorragias em diversas partes e choques de circulação, acompanhados de vômito, tontura, dores abdominais, dificuldade de respiração e fezes com sangue aparecem. A dengue pode levar à morte se não for tratada rapidamente e com cuidado.
O combate à dengue é feito principalmente limpando as caixas d´água e tampando-as, não deixando pneus a céu aberto e cuidando para que não haja água depositada em qualquer recipiente.
Febre amarela urbana
Causa da morte de milhares de vítimas no Brasil, a febre amarela urbana é provocada por um vírus transmitido pela picada do aedes aegypti. Após o contágio, os primeiros sintomas são febre alta (acima de 40º), dores de cabeça, vômito e hemorragia.
O nome “amarela” vem da tonalidade da cor da pele da pessoa infectada, devido a um líquido que é derramado no organismo em decorrência da doença. O vírus pode permanecer no corpo por duas semanas, levando à morte em caso de agravamento. Desde 1937, existe uma vacina, que hoje é administrada gratuitamente nos postos de saúde.
Chikungunya preocupa profissionais
Provocando dores articulares e febre alta, a Chikungunya (que no idioma da Tanzânia significa “contorcer-se”) é uma doença que vem preocupando médicos. Em dezembro de 2013, ela foi detectada no Caribe, disseminando-se por nove países rapidamente.
Com casos já registrados no Brasil, a infecção é provocada pelo aedes aegypti, mosquito bastante presente no clima subtropical brasileiro. Por ser semelhante à dengue, a doença causa confusão. Especialistas têm trabalhado muito na descoberta de tratamentos e possíveis formas de combate ao Chikungunya.
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