Um dos cereais mais produzidos no mundo, o quinto no ranking, o sorgo ainda é desconhecido como alternativa alimentar humana em terras brasileiras. Por aqui, assim como em outros países da América do Sul e dos Estados Unidos, o sorgo é utilizado apenas como componente nutricional para animais.
Na África, Ásia e América Central, entretanto, o grão é amplamente empregado na culinária, muito por seus benefícios à saúde. Também conhecido como milho-zaburro, o sorgo é um produto bastante versátil: é útil tanto na fabricação de farinha, amido e até de álcool. Seus valores nutritivos se assemelham aos do milho.
Cereal ainda é visto no Brasil apenas como componente nutricional para animais. Foto: iStock, Getty Images
Sorgo é livre de glúten
A grande vantagem do item é ser livre de glúten, o que o torna uma excelente opção para as pessoas com Doença Celíaca – intolerância orgânica que interfere na absorção de substâncias essenciais ao metabolismo (lista que inclui carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais, etc).
De qualquer forma, não são somente os celíacos os que podem ser favorecidos com as composições do sorgo. Tal variação do milho é altamente indicada para os adeptos de dietas por ser rica fonte de fibras, nutriente que proporciona maior sensação de saciedade (além, obviamente, de ser importante regulador do intestino).
Abundante em antioxidantes, o cereal combate o envelhecimento à medida que a substância é conhecida por sua atuação no combate aos radicais livres que provocam o desgaste celular.
Nutrólogos e nutricionistas já arriscam dizer que o sorgo é capaz de contribuir no controle de algumas doenças crônicas não-transmissíveis como a diabetes, pois colabora no controle dos níveis glicêmicos. Da mesma forma, o produto é aconselhado por sua importante ação no ajuste das taxas de colesterol no metabolismo.
O fato de conter fitoquímicos como antocianinas (que otimizam a circulação sanguínea), isoflavonas (associadas ao equilíbrio hormonal) e taninos (capazes de proteger o organismo de enfermidades cardiovasculares e tumores, com ênfase ao câncer de cólon) faz do sorgo um alimento que deveria ser inserido imediatamente a qualquer dieta.
Sorgo é rica fonte de minerais
Além do mais, o pouco difundido alimento é farto em vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e do complexo B, sem esquecer que é abastada fonte de minerais, com destaque para o ferro, o potássio e o zinco.
Uma porção de 100 gramas de sorgo contém, em média, 344 calorias; 11,12 gramas de proteínas; 3,74 gramas de gorduras; 67,43 gramas de carboidratos; 3 miligramas de vitamina A (retinol); 505 microgramas de B1; 120 microgramas de B2; 3,2 miligramas de B3; 20 miligramas de cálcio; 188 miligramas de fósforo e 2,7 miligramas de ferro.
O sorgo tem sabor neutro e pouco interfere na textura dos preparos. Apesar de ainda estar ganhando espaço nas cozinhas brasileiras, já vem sendo empregado em receitas de bolos, pães, angus, pudins e até sorvetes.
Há quem tenha descoberto que o grão pode ser inclusive estourado como pipoca. Quatro são as variações de sorgo existentes: granífero, sacarino, vassoura e forrageiro. Nem todos eles são indicados para consumo humano, como o vassoura.
Crê-se que o cereal seja oriundo de solos africanos, ainda que a Índia seja um dos maiores produtores mundiais. No Brasil, há registros que indicam que o grão começou a ser cultivado em meados do século 20. Hoje, os principais provedores nacionais de sorgo são Minas Gerais e Goiás.
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