Conhecida também como doença da membrana hialina, ou síndrome da angústia respiratória, a síndrome do desconforto respiratório acontece em adultos, mas principalmente nos bebês.
Caracterizada por um distúrbio na respiração, quando os sacos de ar (os alvéolos) dos pulmões não conseguem ficar abertos em decorrência de muita tensão na superfície, a doença tem como causa a produção insuficiente do líquido que atua nos alvéolos permitindo a respiração, o surfactante.
Síndrome do desconforto respiratório em adultos
Nos adultos, a síndrome do desconforto respiratório acontece quando a insuficiência dos pulmões é provocada pelo acúmulo de líquidos dentro dos organismos pulmonares, principalmente nos alvéolos (lugar onde é feita a troca gasosa).
Essa doença é, portanto, uma forma grave de problemas na respiração e uma das inúmeras formas de agressão pulmonar. Ela pode levar ao surgimento de um edema (acúmulo anormal de líquido nos pulmões que pode provocar falta de ar).
Além disso, a síndrome do desconforto respiratório pode provocar a inflamação do parênquima pulmonar (o setor da troca de gases, composto pelos pulmões, lóbulos pulmonares, membrana alvéolo-capilar e o interstício alveolar) nos adultos.
Quando inflamada, essa parte do organismo desregula a ventilação e causa outros processos inflamatórios que podem levar à falência múltipla dos órgãos. Bastante grave, quando não tratada, essa inflamação pode trazer danos irreversíveis que demandam ventilação mecânica, tratamentos intensivos e podem causar morte.
Síndrome do desconforto respiratório em bebês
Quase exclusiva de bebês recém-nascidos e prematuros, a síndrome do desconforto respiratório os deixa incapazes de respirar devido à rigidez do pulmão, que fica sem o surfactante.
As crianças um pouco maiores têm mais facilidade para começar a respirar, porém os pulmões podem entrar em colapso, trazendo a dificuldade respiratória como consequência.
A partir de então, a respiração fica rápida e dificultada, as narinas dilatam e os pulmões se contraem na parede do tórax durante a inspiração. Na expiração, são emitidos ruídos semelhantes a grunhidos, como se a criança estivesse gemendo. É possível que os problemas respiratórios tenham início logo após o parto ou depois de algumas horas.
No estágio grave da doença, os músculos envolvidos na respiração ficam cansados, a respiração diminui ainda mais e a pele pode adquirir um tom de azul. Se não realizar um tratamento eficiente, o recém-nascido pode falecer vítima da síndrome.
Como prevenir a síndrome
A prevenção da síndrome do desconforto respiratório é feita com o adiamento do parto, se possível, até que os pulmões do bebê tenham produzido a quantidade necessária de surfactante.
É possível detectar o nível da substância através de uma coleta do líquido amniótico, caso se tenha expectativa de um parto prematuro. Se o parto não puder ser postergado, o médico pode administrar corticosteroides na mãe um dia antes do nascimento, estimulando a produção do surfactante.
Desse modo, após nascer, o bebê precisaria apenas de oxigênio, configurando uma síndrome leve. Quando a situação for mais grave, o tratamento pode incluir suportes de ventilação e uso de drogas surfactantes, que podem ser gotejadas através de um tubo na traqueia do bebê. Esse tratamento é acompanhado por vários dias até que haja uma melhora na respiração.
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