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Síndrome do coração rígido: por que a amiloidose cardíaca pode ser fatal?

Por Redação Doutíssima 01/05/2014

Mais comum em homens com pelo menos 40 anos de idade, a amiloidose cardíaca – também conhecida como síndrome do coração rígido – é uma doença caracterizada pelo acúmulo de proteínas denominadas amilóides nas paredes cardíacas. Como a amiloidose cardíaca pode não apresentar sintomas em algumas pessoas, o seu diagnóstico se torna mais difícil, podendo conduzir o indivíduo a uma morte súbita.

Isto ocorre porque, com o passar do tempo, o acúmulo de grandes quantidades desta proteína no organismo pode comprometer o funcionamento normal de muitos outros órgãos, incluindo alguns vitais, o que a torna uma doença potencialmente fatal.

Tratamento da amiloidose cardíaca objetiva recuperar as funções do coração. Foto: Shutterstock

Tratamento da amiloidose cardíaca objetiva recuperar as funções do coração. Foto: Shutterstock

A amiloidose cardíaca aparece quando a proteína amilóide passa a infiltrar o miocárdio, de forma a provocar o desenvolvimento de uma miocardiopatia do tipo restritiva. A doença também pode se originar em razão da presença de um câncer do tipo mieloma múltiplo, ou ser decorrente de histórico familiar. Além de causar danos ao sistema cardíaco, a patologia pode afetar todo o sistema elétrico do coração.

Sintomas da amiloidose cardíaca

Como existem vários tipos de amiloidose, os sintomas da doença dependem do local em que a amilóide está acumulada. Na amiloidose cardíaca, o principal sinal é a insuficiência cardíaca congestiva, podendo ainda haver quadro de fadiga e de sensibilidade a esforços físicos.

A doença também pode se manifestar por falta de ar, desmaios, palpitações, pernas e abdômen inchados, aumento do fígado, alargamento das veias do pescoço, pressão baixa ao manter-se em pé, acúmulo de líquido nos pulmões e intensa vontade de urinar durante a noite.

Ao sinal de mais de um destes sintomas, procure um médico especialista. Caberá a ele diagnosticar a amiloidose cardíaca por meio de observação clínica dos sintomas e de exames como o eletrocardiograma, o ecocardiograma e a ressonância magnética.

No entanto, mesmo que sejam detectadas arritmias cardíacas nos testes, ou ainda alterações nas funções do coração e distúrbios na condução elétrica do coração, o diagnóstico da patologia só pode ser confirmado com a realização de biópsia do tecido cardíaco.

Tratamento

O tratamento para amiloidose cardíaca tem por objetivo recuperar as funções do coração. Por isto, além de se controlar a frequência cardíaca, o tratamento pode ser feito com o uso de marca-passos e desfibriladores automáticos implantáveis.

A quimioterapia pode ser indicada quando a causa da amiloidose cardíaca estiver ligada ao câncer do tipo mieloma múltiplo. Já em casos mais graves, o tratamento recomendado é o transplante cardíaco que, se associado ao mieloma múltiplo, pode ser feito juntamente com o transplante de medula óssea.

Além disto, podem ser utilizados anticoagulantes, que previnem a formação de coágulos no coração, diminuindo, assim, a probabilidade de derrames cerebrais, ou de fármacos diuréticos e vasodilatadores, que amenizam os sintomas da doença.

Por se tratar de uma doença progressiva, o prognóstico da amiloidose cardíaca não é muito bom. Enquanto que a patologia do tipo familiar pode levar o indivíduo a uma morte súbita, a forma senil da doença, que se desenvolve com idade avançada, pode implicar em uma cardiomiopatia restritiva grave, com importante risco de morte.

 

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