Cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a epilepsia, uma desordem do sistema nervoso central, que causa convulsões e, por vezes, a perda da consciência. Os dados são da Organização Pan-americana de Saúde, que afirma ainda que a doença pode aparecer na infância ou depois dos 60 anos.
Entenda a epilepsia
Os sintomas da epilepsia variam bastante. Algumas pessoas simplesmente olham de forma fixa para um ponto, por alguns segundos, durante uma crise – e isso pode ser quase imperceptível para quem não conhece o problema.
Por outro lado, há indivíduos que perdem a consciência e apresentam convulsões, tremores incontroláveis do corpo.
Há casos em que não é possível identificar uma razão específica pela qual alguém desenvolve a doença, embora alguns casos estejam associados a lesões no cérebro. A epilepsia pode ser provocada por acidentes vasculares cerebrais, tumores e traumatismos cranianos graves.
Alguns episódios de epilepsia também são gerados por alterações no cérebro, que ocorrem como resultado de genes herdados pelos pais.
Sintomas da crise epilética
As crises epiléticas variam entre os pacientes e, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, os tipos de crise são classificados em ataque generalizados e convulsões focais.
1. Ataques generalizados
São aqueles que afetam os dois lados do cérebro, causando crises de ausência, ou seja, causam um mal estar rápido ou apenas fazem com que a pessoa mantenha o olhar fixo por alguns segundos.
Além disso, também podem provocar crises tônico-clônicas, popularmente chamadas de convulsões, e fazer uma pessoa perder a consciência, cair no chão e ter espasmos musculares.
2. Convulsões focais
São aquelas localizadas em apenas uma área do cérebro. Estas crises são também chamadas de crises parciais. Elas podem ser convulsões focais simples, e causar apenas espasmos ou uma mudança nas sensações – um gosto ou um cheiro estranho, por exemplo.
Há, porém, as crises focais complexas, que são capazes de deixar a pessoa com epilepsia confusa ou atordoada, e até mesmo desencadear crises generalizadas secundárias, que iniciam com um primeiro ataque focal, seguido por uma convulsão.
Tratamento para a epilepsia
A maioria das pessoas com epilepsia consegue evitar as crises tomando medicamento específico, que deve ser prescrito por um médico.
A intervenção cirúrgica pode ser uma opção, caso o tratamento com fármacos não esteja respondendo.
Para algumas pessoas com epilepsia, convulsões podem ser desencadeadas por luzes, sons, falta de sono, estresse, dentre outros gatilhos. Por isso, se você sofre com esse problema ou tem um amigo ou familiar que apresenta esse tipo de crise, é muito importante saber o que fazer diante de uma crise epilética.
Pode ser assustador ver alguém tendo uma convulsão, mas não entre em pânico. Normalmente, as pessoas em crise não precisam ir ao hospital. Mas se essa não for a primeira crise e ela durar mais que cinco minutos ou a pessoa não recuperar plenamente a consciência, chame imediatamente uma ambulância.
Durante uma crise, procure retirar qualquer objeto que possa causar lesões, e coloque um travesseiro ou almofada em sua cabeça. Afrouxe, ainda, qualquer roupa apertada em torno de seu pescoço. Com essas ações preventivas, o portador de epilepsia fica melhor protegido.
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