Você sabe o que é disfunção orgásmica ou anorgasmia? Ela é uma condição que afeta homens e mulheres, e se caracteriza pela dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo, mesmo após a mais ampla estimulação sexual.
Apesar de a disfunção ser muito mais comum para as mulheres do que para os homens, há semelhanças em ambos os sexos quando o assunto são as possíveis causas e os resultados terapêuticos de seus tratamentos.
De acordo com um estudo publicado em 2002 na Revista Brasileira de Medicina, que retrata o perfil sexual da população brasileira, as mulheres relatam maior incidência de disfunção orgásmica do que os homens.
Enquanto apenas 10% dos homens entrevistados mencionaram sofrer com o problema, 29% das mulheres questionadas disseram ter algum distúrbio relacionado ao orgasmo.
O que causa a disfunção orgásmica?
Apesar do que se vê nos filmes, o orgasmo não é uma coisa simples. Esse pico de prazer é, na verdade, uma reação complexa que envolve muitos fatores físicos, emocionais e psicológicos.
Se você está enfrentando problemas em qualquer uma dessas áreas, acredite, eles podem afetar sua capacidade de ter um orgasmo. Conheça abaixo algumas causas possíveis para a falta de orgasmo em sua vida sexual:
1. Causas psicológicas
Estima-se que cerca de 90% dos problemas de disfunções relacionadas ao orgasmo sejam devido a problemas psicológicos.
Muitos fatores psicológicos desempenham um papel na sua capacidade de orgasmo, incluindo ansiedade ou depressão, má imagem corporal, estresse, medo de gravidez ou DSTs e abuso sexual ou emocional.
2. Causas físicas
Além das causas psicológicas, algumas condições físicas também são capazes de dificultar ou até mesmo de impossibilitar um orgasmo. Entre elas, estão as doenças, como a diabetes e as condições neurológicas, como a esclerose múltipla. Também problemas ginecológicos e o uso de medicamentos (principalmente, os para pressão arterial, anti-histamínicos e antidepressivos).
Outras causas são os hábitos (ingestão de álcool e tabagismo) e o inevitável processo de envelhecimento. Conforme a idade avança, há mudanças normais na anatomia da pessoa, envolvendo hormônios, sistema neurológico e sistema circulatório, que podem afetar a sexualidade.
Sintomas da disfunção orgásmica
O principal sintoma da disfunção orgásmica é a incapacidade de atingir o clímax sexual. Ter orgasmos insatisfatórios ou levar mais tempo que o normal para chegar ao orgasmo também são sinais.
A disfunção orgásmica não se refere apenas à relação sexual, mas também à incapacidade de atingir o orgasmo durante a masturbação ou a estimulação direta do clitóris.
É importante falar com o seu médico sobre esse problema. Embora possa ser um tanto embaraçoso, é a melhor maneira de ajudar a garantir que você voltará a desfrutar plenamente da atividade sexual.
Opções de tratamento
O tratamento para a disfunção orgásmica depende da causa. É possível que seja indicado o uso de medicamentos antidepressivos ou alguma terapia, como a cognitivo-comportamental.
A estimulação clitoriana direta durante a masturbação e as relações sexuais, por outro lado, é uma ótima maneira de conseguir superar essa disfunção pelas mulheres.
A terapia hormonal com estrogênio é capaz de ajudar a melhorar o desejo e o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais, aumentando a sensibilidade. Além disso, compreender a sua própria anatomia e como você gosta de ser tocada pode levar a uma melhor satisfação sexual.
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