Você pratica a prevenção do câncer? O autoexame ainda é a maneira mais simples, prática e rápida de se detectar um nódulo na mama, que nem sempre ele representa uma grave ameaça à saúde. Contudo, diante da menor alteração, é comum que a mulher seja tomada pelo medo de estar diante de um tumor e de todo o processo que isso significa tanto física quanto psicologicamente.
Dados da American Cancer Society indicam que, em média, 80% das alterações da mama são benignas. Os estudos são baseados em resultados de exames mais avançados, como a biópsia por agulha, que extrai uma amostra do tecido alterado e submete ao exame histológico, que determina se o nódulo é benigno não.
“Somente dois em cada dez dos nódulos diagnosticados por métodos de imagem são associados a tumores malignos. Mesmo nesses casos, as chances de cura são promissoras”, tranquiliza Vivian Schivartche, médica especialista em diagnósticos de câncer de mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), de São Paulo.
Nódulo na mama maligno tem alta mortalidade
As estatísticas podem ser bastante animadoras do ponto de vista da probabilidade de uma mulher ter um nódulo na mama que seja benigno. Entretanto, o tumor maligno ainda é responsável pelo alto índice de mortalidade entre as mulheres, o que serve de alerta para que, diante de qualquer alteração no seio, seja acionada ajuda médica.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), existe a estimativa de que cerca de 57 mil novos casos de câncer sejam detectados em 2015 apenas no Brasil. Mesmo diante de um número maior de informação e de tecnologia que permitem saber se o nódulo na mama é maligno em até quatro horas, o número de pacientes aumenta.
Entre as brasileiras de 30 a 69 anos, a mortalidade ocasionada por nódulo na mama maligno passou de 17,4 para cada 100 mil habitantes em 1990 para 20,4 em dez anos. O aumento de 16,7% dos casos de morte por câncer de mama foi revelado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012).
Os altos números são atribuídos à desinformação sobre exames que possam detectar o nódulo na mama a tempo de um tratamento que possa salvar a vida da paciente. Outro fator apontado é a dificuldade de acesso à consulta.
O que fazer em caso de nódulo na mama
Diante da alta taxa de mortalidade da doença, é necessário que toda a mulher esteja atenta aos sinais que o corpo pode dar sobre a presença de um tumor, seja ele maligno ou não.
O autoexame é a maneira mais simples de verificar alteração na mama. No caso de sentir a saliência, consulte o mais rápido possível um mastologista ou um clínico para ser encaminhada para esse especialista.
É importante realizar todos os exames prescritos e, pode parecer óbvio, mas jamais deixar de entregar os resultados ao médico. Não busque a interpretação dos exames com pessoas leigas. Os resultados podem não detectar a presença de nódulos, mas indicar outras alterações que devam ser tratadas.
Se tiver mais de 40 anos, tenha o hábito de anualmente solicitar exames para detectar alterações no seio. Lembre-se que, quanto mais cedo for detectada qualquer anomalia, mais fácil e menos invasivo será o tratamento.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!