O repouso e o sono são essenciais para que a engrenagem da rotina de cada ser humano funcione perfeitamente. Por mais prazeroso que seja, um dia de trabalho pede um descanso merecido e tudo o que se quer é o conforto de casa, mais precisamente da cama macia. Nesse contexto, um item é essencial: o colchão.
Como passamos aproximadamente um terço de nossas vidas dormindo, um bom colchão pode influenciar muito a saúde.
O sono se destina à recuperação pelo organismo do gasto energético ocorrido durante o dia, mantém o equilíbrio geral do organismo e das substâncias químicas cerebrais, consolida a memória e regula a temperatura corpórea.
Quem explica é a fisioterapeuta Jaqueline Knop, que atua área de tratamento e prevenção da dor e na reabilitação neuromusculoesquelética.
Como optar pelo colchão certo
De acordo com Jaqueline, que é especialista em Cinesiologia e Terapia Manual, ao escolher o colchão certo, deve-se levar em consideração o biótipo físico, possíveis patologias, dores e também as preferências de cada indivíduo.
“O colchão não pode ser muito duro e nem muito macio, para isso deve-se observar a sua densidade, definida de acordo com o peso e altura de cada indivíduo”, orienta.
Os cuidados na escolha interferem diretamente em um fator muito importante de ser observado, que é o alinhamento da coluna vertebral durante o sono. “As duas melhores posições para dormir são de lado e de barriga para cima”, comenta.
Na postura de lado, de acordo com ela, o travesseiro deve preencher o espaço entre o pescoço e o ombro, ainda é indicado um travesseiro para ser colocado entre os joelhos. “Ao dormir de barriga para cima é aconselhado um travesseiro mais baixo para a cabeça e mais um para ser colocado embaixo dos joelhos”, ensina.
Quando se trata de um casal, a escolha do colchão deve considerar o peso e a altura do cônjuge maior, para definir a densidade. Jaqueline ressalta que existe também no mercado opções de produto com o sistema de molas e os personalizados, os quais permitem adaptação do corpo de cada cônjuge individualmente. Desse modo, quando um se movimenta, o outro não sente.
Uma das dúvidas mais frequentes na hora da compra é optar entre a espuma ou molas. Cada um destes colchões tem sua peculiaridade e a escolha deve ser avaliada individualmente.
No geral, comenta Jaqueline o de espuma é mais barato, mais estável, abrange um peso maior do corpo e oferece bom isolamento térmico o que o torna mais confortável no inverno, mas não tanto no verão.
Há vários tipos de molas disponíveis no mercado, mas, de um modo geral, esse colchão resiste até 150kg, tem seu prazo de validade maior e possui uma melhor ventilação, tornando-o mais indicado para quem transpira muito ou que vive em regiões muito quentes.
Ele permite definir zonas ergonômicas e, assim, o corpo se ajusta de acordo com a necessidade. Entretanto, é inevitável que as molas percam sua altura com o uso.
Consequências da escolha do colchão errado
Escolher um colchão inadequado pode trazer consequências que começam com uma noite mal dormida e geram um círculo vicioso. O acúmulo de noites mal dormidas interfere na qualidade do sono.
E problemas no sono, alerta Jaqueline, podem desencadear desde uma indisposição, cansaço, sono diurno e dores no corpo, até problemas mais sérios de saúde, como alterações hormonais, problemas de memória e mudanças de humor.
Atenção aos sinais de desgaste
É importante observar ainda a validade do colchão, conforme a garantia oferecida pelo fabricante. A validade varia muito entre os colchões e está relacionada com a qualidade da matéria-prima utilizada na sua confecção.
“Porém, ao observar deformidades, manchas ou sinais de mofo, já passou da hora de trocá-lo. Normalmente, o colchão de molas tem validade maior em relação ao de espuma”, finaliza Jaqueline.
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