A infecção hospitalar começou a ser estudada no século XIX, na Áustria, depois que um “mal desconhecido” matava mulheres após o parto. O que foi constatado é que os estudantes de Medicina faziam autópsias e depois examinavam mulheres em trabalho de parto sem lavar as mãos. Assim, mostrou-se a importância da higiene das mãos para evitar as infecções.
No dia 15 de maio de 1847, os pesquisadores tornaram obrigatório o uso de uma solução clorada para a lavagem das mãos. Assim, foi reduzido drasticamente o índice da infecção hospitalar.
No Brasil, a data foi transformada em oportunidade para destacar as ações pela redução desse problema. O dia 15 de Maio, Dia Nacional de Combate à Infecção Hospitalar, foi instituído pelo Ministério da Saúde.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse mal atinge cerca de 14% dos pacientes internados no Brasil e pode representar 100 mil mortes por ano. Para a OMS, a higienização adequada das mãos já reduziria 70% desses casos.
Principais tipos de infecção hospitalar
A do trato urinário (ITU) é a mais comum. Nos pacientes mantidos sob sondagem vesical, onde a urina é drenada em sistema aberto, o risco de infecção pode atingir 100% após quatro dias. Em sistema fechado, é possível a prevenção de até 85% dos episódios.
Outro tipo de infecção hospitalar é a ferida cirúrgica. Nesse caso, a duração do procedimento, as condições pré-operatórias, a utilização de drenos e próteses, o estado nutricional dos tecidos operados e a técnica cirúrgica são determinantes.
Já as infecções respiratórias têm a idade, patologia, sondas, endoscopia e equipamentos de terapia respiratória, broncoaspiração e biópsia transbrônquica como fatores de risco.
A bacteremia (A presença de bactérias na corrente sanguínea) também está nessa relação. Os fatores de risco são: idade, alterações dos mecanismos de defesa, utilização de insumos contaminados, emulsões lipídicas, severidade da doença de base, dentre outros.
Prevenção no combate à infecção hospitalar
O principal veículo de contágio pela infecção hospitalar são as mãos. São elas as portas de entrada para vírus, fungos e bactérias, e além do mais, também são as que passeiam por todos os locais possíveis de contaminação. Veja alguns cuidados para ter com as suas mãos:
1. Sabonete
Lave-as com sabonete comum, que previne 80% das doenças transmissíveis pelo contato entre as mãos, por superfícies e por outras pessoas. Se o sabonete for antisséptico à base de álcool, essa proteção salta para 99,99%.
2. Higienização
Se você está acompanhando um paciente em um hospital faça a higienização correta das mãos antes de cada refeição, após o uso do banheiro e depois de cada procedimento com o paciente.
3. Álcool em gel
O cuidado com as mãos deve ser um hábito a ser incorporado em qualquer lugar, não só no hospital, mas em casa, no trabalho, em locais públicos ou mesmo na rua. O ideal é ter sempre à mão o álcool gel, o que vai facilitar o procedimento caso não tenha por perto uma pia para lavar as mãos.
4. Hidratação
Para amenizar um possível ressecamento da pele, você pode usar álcool em gel, espuma ou líquido, com álcool etílico a 70% e com componentes que atuem na hidratação da pele.
5. Tosses e espirros
Se tossir ou espirrar perto de outras pessoa, o que protege a boca não é a mão, mas o antebraço, evitando que as partículas lançadas na tosse ou espirro fiquem instaladas nas suas mãos e possam ser facilmente transmitidas para outra pessoa.
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