Clínica Geral

Saiba quais são os prós e contras do cigarro eletrônico

Por Redação Doutíssima 31/05/2015

Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de maio – é a oportunidade para refletir, discutir e alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Nestas discussões, entre as alternativas para se livrar do vício, o cigarro eletrônico é um dos temas mais polêmicos.

 

Os fumantes consomem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas. Entre elas, por exemplo, está o alcatrão, que contém mais de 40 compostos cancerígenos. Ao todo, o tabagismo está relacionado a mais de 50 doenças, entre elas câncer de boca, câncer de pulmão, doenças do coração, bronquite e enfisema, derrame cerebral, entre outras.

cigarro eletrônico

Uma das alternativas usadas no combate do tabagismo é o cigarro eletrônico. Foto: iStock, Getty Images

Dados da OMS dão conta de que, todo ano, mais de 5 milhões de pessoas morrem no mundo por causa do cigarro. A expectativa é de que, em 20 anos, esse número chegará a 10 milhões.

Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2013), em 2013 o número de fumantes no país caiu para 11,3%, três vezes menos do que em 1989, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou 34,8% de fumantes na população. Ainda assim, é responsável pela morte anual de cerca de 200 mil pessoas no Brasil.

 

Cigarro eletrônico para parar de fumar

Um dispositivo que funciona com refis e que converte em vapor a nicotina (e com isso exclui as mais de 4,7 mil substâncias resultantes da queima do tabaco) diluída, simulando a sensação do cigarro normal. Assim funciona o cigarro eletrônico, que já virou febre na Europa, mas é proibido no Brasil.

 

O cigarro eletrônico foi inventado em 2003 pelo farmacêutico Hon Lik, que justificou como uma forma menos nociva de consumir a nicotina. Esta afirmação, entretanto, é questionada por especialistas, que têm receios quanto à exposição à nicotina a longo prazo.

 

cigarro eletrônico

Os prós e contras do cigarro eletrônico

Entre os que condenam o uso do cigarro eletrônico, os argumentos começam pela quebra, com os eletrônicos, do esforço da sociedade pela redução do tabagismo ao proibir o fumo em locais fechados e assim proteger os fumantes passivos.

 

E mais, estatísticas apontam que, nos Estados Unidos, embora o consumo dos cigarros comuns tenha caído entre os adolescentes, entre 2011 e 2012, o de eletrônicos duplicou.

 

Além disso, não há um padrão na quantidade de nicotina liberada e o consumo de eletrônicos com convencionais, pode levar à ingestão de doses exageradas de nicotina, próximas de limites perigosos.

 

Do outro lado, os defensores garantem que o cigarro eletrônico se encaixa nas estratégias de redução de riscos. Apostam neste dispositivo como uma alternativa com potencial para se tornar um dos maiores avanços na história da saúde pública.

 

Também defendem a estratégia de reduzir, mesmo sem eliminar, o risco de morte associado ao cigarro, como uma questão moral.

Pela falta de estudos que apontem as consequências à exposição à nicotina em longo prazo, não se sabe ao certo que efeitos colaterais teria o consumo do cigarro eletrônico, tampouco suas contraindicações. Mas as pesquisas já começaram. Na Grécia, por exemplo, 30 voluntários tiveram redução do fluxo de ar nos pulmões com apenas cinco minutos fumando um desses dispositivos.

 

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