Especialidades

Dormir muito: conheça quais são os pós e contras

Por Redação Doutíssima 19/06/2015

Se você acha que costuma dormir muito, saiba que não está sozinho. Alguns atletas, por exemplo, podem passar muitas horas na cama todos os dias. São os casos de Usain Bolt, medalhista de ouro olímpico e o homem mais rápido do mundo, que chega a ter mais de 10 horas de sono por dia.

 

Além de Bolt,  Roger Federer, o maior tenista da última década, dorme cerca de 12 horas por dia. Será que dormir muito faz bem para a saúde?

dormir muito

Dormir em excesso pode ser tão prejudicial à saúde quanto o sono inadequado. Foto: iStock, Getty Images

 

Dormir muito: por que precisamos de sono?

Durante o sono, o corpo humano produz uma proteína que ajuda a combater infecções e a fortalecer o sistema imunológico. Por isso, aumentar a quantidade de sono auxilia na reparação de células que foram expostas ao estresse, a poluentes e a bactérias infecciosas.

 

De acordo com a Harvard Medical School, as pessoas costumam ignorar as consequências para a saúde que resultam do sono insuficiente. Os pesquisadores afirmam que há uma relação entre o sono inadequado e o aparecimento de doenças.

 

Dormir o suficiente e com alta qualidade é tão importante como comer bem e se exercitar diariamente. Aumentando suas horas de sono todos os dias, é possível ajudar a combater condições médicas, tais como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

 

Ainda de acordo com a Harvard Medical School, durante o sono, as células e os tecidos recuperam-se do desgaste diário – tecidos são reparados, há crescimento muscular e há criação de proteínas.

Os peritos do sono concluem que aqueles que mantêm os padrões de sono adequados tendem a viver mais, a sentir-se melhor e a manter a vida saudável ​​e mais produtiva.

 

Dormir muito faz bem?

De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, é possível envelhecer o cérebro em até sete anos se você dormir muito todos os dias ou não dormir o suficiente.

O estudo testou a memória, o raciocínio e o vocabulário de algumas pessoas, e descobriu que entre 7 e 8% daquelas que dormiam mais de seis a oito horas por noite foram pior em todos os exames comparados àquelas que dormiam menos.

 

Por outro lado, os indivíduos que dormem mais de nove horas ou menos de cinco horas por noite têm demonstrado serem 50% mais propensos a sofrer de diabetes. Vale lembrar que não há pesquisa alguma que conecte o sono a diabetes, mas ele em excesso pode ser um dos sintomas dessa condição.

 

Embora esse seja um problema mais comum em pessoas com insônia, a depressão também é uma doença grave que tem o sono excessivo entre seus sintomas. Na verdade, 15% das pessoas que sofrem com depressão costumam dormir muito – mais de nove horas por noite.

 

Além disso, há uma possível conexão perturbadora entre dormir muito e doenças cardíacas. Estudos realizados mostram que aqueles que dormem demais têm 38% mais chances de sofrer de doença cardíaca coronária.

Não bastasse tudo isso, estatísticas apontam que pessoas que dormem mais de nove horas por noite têm uma taxa de mortalidade mais elevada do que aqueles que dormem por sete a oito horas, período considerado ideal de sono.

 

Em outras palavras, se você tem dormido muito e está preocupado com isso, vale a pena consultar um médico. Esse fato talvez seja um sintoma de algum problema de saúde mais grave.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!