Clínica Geral

Priapismo é uma ereção prolongada que precisa de tratamento

Por Redação Doutíssima 03/07/2015

O priapismo é uma doença relativamente rara, mas também uma emergência médica. Embora nem todas as formas dessa condição exijam intervenção imediata, a considerada isquêmica é associada à fibrose progressiva do tecido e disfunção erétil. O objetivo da gestão de todos os pacientes é conseguir preservar a função erétil.

 

O termo é derivado de “Priapo”, o deus grego da fertilidade, da jardinagem e da luxúria, que é representado por um falo enorme. O priapismo é definido como ereção persistente do pênis ou clitóris não associada com estimulação sexual ou desejo.

priapismo

Ereção persistente sem estímulo pode causar disfunção erétil se não tratada. Foto: iStock, Getty Images

Estudos identificam-no como uma ereção com duração de pelo menos quatro horas. Ele pode afetar negativamente a qualidade de vida, função sexual dos pacientes, além do bem-estar físico.

 

Priapismo é uma condição rara

Apesar de não ser uma condição vista com frequência, ela atinge pessoas em todas as faixas etárias, principalmente aquelas com doença falciforme. Em geral, é classificada como isquêmica ou não isquêmica. O priapismo isquêmico é uma emergência urológica e precisa de tratamento imediato.

 

Segundo um estudo publicado no Jornal Brasileiro de Urologia, a maior incidência pode ocorrer durante a terceira década de vida, sendo a forma idiopática mais frequentemente encontrada. Outro estudo, realizado entre 2006 e 2009, revelou uma estimativa ponderada de 32.462 visitas ao departamento de emergência nos Estados Unidos com essa condição.

 

Além do priapismo masculino, esse problema ainda é capaz de afetar algumas mulheres. Uma pesquisa da Divisão de Ginecologia da Universidade de Miami, Estados Unidos, indica ser possível a ocorrência de ereção prolongada do clitóris, que causa inchaço e dor.

Isso ocorre principalmente ao longo da terapia com certos medicamentos, que alteram o fluxo sanguíneo para o clitóris.

 

Diagnóstico e tratamento para priapismo

O priapismo provoca ereções persistentes de modo anormal, já que não são relacionadas à estimulação sexual. Os sintomas variam conforme o tipo.

 

A forma isquêmica é resultado de o sangue não ser capaz de sair do pênis. Assim, pode haver uma ereção indesejada que dura mais de quatro horas, eixo do pênis rígido (mas geralmente ponta macia) e dor.

 

A forma não isquêmica significa alto fluxo de sangue para o pênis, mas geralmente sem dor. Aqui os sinais incluem apenas a ereção indesejada com duração de pelo menos quatro horas. Caso esse sintoma permaneça por mais de quatro horas, procure um médico porque talvez você precise de tratamento para evitar novos episódios.

 

Dessas duas formas do problema, a isquêmica é capaz de causar sérias complicações. Quando a ereção dura mais de quatro horas e o sangue está pobre em oxigênio, é possível que os tecidos do pênis sejam danificados ou destruídos. Se ela não for tratada, pode causar disfunção erétil, incapacidade de excitação sexual e desfiguração do pênis.

 

Quanto mais cedo você receber tratamento, mais eficaz é provável que ele seja. A aspiração é um dos procedimentos utilizados – uma agulha e seringa são usadas para drenar o sangue para fora.

Caso isso não funcione, é possível ainda a injeção de medicação no pênis para comprimir os vasos sanguíneos e ajudar a pulsar o sangue para fora. A cirurgia também é uma possibilidade, mas só é recomendada se os outros tratamentos falharem.

 

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