Clínica Geral

Pênis torto pode indicar doença de Peyronie. Conheça causas e tratamentos

Por Redação Doutíssima 08/08/2014

A doença de Peyronie é caracterizada pela formação de uma placa fibrótica ou um nódulo que impede que o corpo cavernoso do pênis se forme normalmente. Isso acaba dificultando a ereção e provocando também desvios no formato do órgão, como inclinação no pênis, que é uma característica desta patologia.

Quando surge a doença de Peyronie

O normal é que a doença de Peyronie surja após os 50 anos de idade, porém, pode se manifestar em homens mais jovens. Em garotos mais jovens, essa curvatura pode ser chamada de pênis curvo congênito. Isso ocorre devido à desproporção dos corpos cavernosos e menor da uretra. Essa curvatura, no entanto, só deve ser tratada se vier a prejudicar o desempenho sexual no futuro.

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Doença de Peyronie afeta autoestima masculina ao gerar uma inclinação no pênis. Foto: Shutterstock

Causas da doença

As causas da doença não são bem explicadas pela medicina, porém, pequenos traumatismos ocorridos durante a relação sexual podem resultar em cicatrizes que interferem na ereção.

Além disso, há estudos que relacionam a doença de Peyronie com patologias reumatológicas, diabetes e uso de betabloqueadores para controlar a hipertensão arterial. Não é possível afirmar que a causa é hereditária, porém, já foi constatado que há uma maior incidência entre homens da mesma família.

Sintomas da doença de Peyronie

Os sintomas consistem na presença de um nódulo que causa dor e reflete na curvatura peniana. Essa curvatura pode ser para cima, para baixo ou para os lados. Com o aparecimento dos sinais, é comum que o homem tenha a capacidade erétil comprometida por causa da ansiedade.

Em um quinto dos casos, é comum que as placas desapareçam de forma espontânea sem a necessidade de tratamento em um tempo aproximado de um ano e meio a dois anos. Caso o problema persista, o médico consultado pode fazer interferência medicamentosa, que tende a trazer efeitos satisfatórios na atuação da produção das células produtoras da fibrose.

Quando ambas as opções relacionadas à doença de Peryonie se esgotam sem melhora e com a consequente interferência no desempenho sexual do paciente – o que acomete menos de 50% dos casos -, é necessária que seja feita uma intervenção cirúrgica.

Como enfrentar o problema

Entre as recomendações básicas feitas a pacientes acometidos pela patologia, primeiramente, é indicado não se afligir quando perceber o nódulo que é característico da doença. A condição não é perigosa, se não estiver atrapalhando nas atividades sexuais. Se você não sente alterações sexuais, não há necessidade de tratamento ou tampouco passar por cirurgia.

Outra recomendação é, sempre que possível, manter a calma e controlar ao máximo a ansiedade em relação as preocupações relacionadas a perda da ereção. O psicológico pode ser mais efetivo na impotência sexual do que a doença em si. A doença de Peyronie é benigna e, mesmo sem tratamento, não representa nenhum risco para a saúde de seus portadores.

E por fim, lembre-se de que qualquer artimanha alternativa utilizada para aumentar o tamanho do pênis, como o uso de aparelhos, pode agravar o trauma responsável pela formação da placa e piora o quadro.

 

 

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