Doença bastante preocupante, a meningite meningocócica é uma infecção bacteriana nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ao menor sinal dos sintomas, é preciso tratar rapidamente para não causar danos à saúde.
É importante saber que além da doença causada por bactérias, há também a meningite causada por vírus e fungos. A viral é a versão mais comum e menos preocupante. A ocasionada por fungos é a mais rara de acontecer.
Febre, dor de cabeça e rigidez na nuca são sinais de meningite bacteriana. Foto: iStock, Getty Images
O que é a meningite meningocócica
Doença que exige controle, a meningite meningocócica é perigosa não apenas ao doentes, mas à população em geral devido seu potencial de epidemia. Por isso, a prevenção e o tratamento ágil são tão importantes.
Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, a meningite meningocócica provoca uma infecção preocupante. O Ministério da Saúde estima que, entre 1996 e 2005, houve quase 50 mil casos da doença no Brasil.
A transmissão dessa meningite acontece pelo contato próximo por via respiratória, através de gotículas e secreções do muco do nariz e da garganta. Segundo o Ministério da Saúde, o principal transmissor é o portador assintomático, a pessoa que carrega a bactéria, mas não desenvolve a doença.
Como identificar a meningite meningocócica
Cynara Carvalho Nunes, médica infectologista do complexo hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, informa que os sintomas iniciais da doença meningocócica são semelhantes aos das outras formas de meningite.
Febre, dor de cabeça, vômitos, alteração do status mental e rigidez na nuca são os mais comuns. Ela menciona, também, que em crianças a identificação pode ser mais difícil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que em crianças pequenas, principalmente menores de um ano, os sintomas mais comuns são moleira, irritabilidade, inquietação, rigidez corporal que pode ou não ser acompanhada por convulsões.
Quanto aos perigos da meningite meningocócica, Cynara explica que o prognóstico é bom quando a doença é identificada e tratada adequadamente. Mas ela ressalta que o quadro evolui rápido e que, se não for tratado logo, pode ser letal.
O tratamento com início tardio também pode deixar sequelas no doente. O Ministério da Saúde aponta como principais complicações da doença meningocócica a necrose, surdez parcial ou completa em um ou nos dois ouvidos, miocardite, pericardite, paralisia, abscesso cerebral, hidrocefalia e artrite aguda. A última geralmente pode ser curada.
Antibióticos são utilizados no combate ao micro-organismo que causa a meningite meningocócica, mas a doença também pode ser prevenida através da vacinação.
Como prevenir a meningite
Não estar perto de pessoas doentes é o primeiro passo. Mas portadores da bactéria podem não desenvolver a doença, dificultando o conhecimento de que deve evitar o contato próximo.
A vacinação é capaz de evitar a contaminação da bactéria que causa a meningite. Cynara explica que a vacina quadrivalente (também conhecida como tetravalente) é indicada para adolescentes entre 11 e 12 anos, com reforço aos 16, e protege contra alguns sorogrupos da doença.
Conforme o Ministério da Saúde, o sorogrupo B foi responsável por aproximadamente 53% dos casos de doença meningocócica em crianças menores de cinco anos em 2014. Para esse caso, também há vacina disponível na rede de saúde pública.
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