Hímen complacente é uma complicação que geralmente só é percebida quando causa dores nas primeiras relações sexuais. Ao invés de se romper com a penetração, o canal fica semibloqueado, causando desconforto para as mulheres e dificultando o ato sexual.
O que é o hímen complacente
O hímen é uma membrana que se localiza na entrada do canal vaginal, conforme Liliam Maksoud, médica ginecologista, obstetra e professora do curso de medicina da Universidade Anhanguera-Uniderp. Essa membrana tende a se romper no ato da primeira relação sexual com a ocorrência da penetração.
Quando a membrana é mais espessa e elástica, é o que se chama de hímen complacente. Ou seja, às vezes não se rompe durante a relação nem em outras ocasiões que poderiam causar o rompimento, informa a especialista. A elasticidade faz com que esse tecido volte ao normal após o ato sexual, formando novamente uma barreira na entrada da vagina.
Hímen complacente pode dificultar o sexo
São comuns os relatos de dores na primeira relação, mas no caso do hímen complacente a complicação tende a ser maior. “Ao perceber o grande desconforto na relação sexual, a mulher deve procurar um ginecologista”, recomenda Liliam.
A dor é causada pelo não rompimento da membrana e precisa da opinião de um especialista. O médico deverá avaliar a repercussão dessa dificuldade na saúde da paciente e sugerir um tratamento terapêutico. A médica informa que a ocorrência do hímen complacente é de 10 a 12% da população feminina.
Ainda de acordo com a ginecologista e obstetra, a dor varia de paciente para paciente. Ela recomenda que se houver suspeita de hímen complacente, é preciso conversar abertamente com um médico de confiança para chegar a um direcionamento sobre a cura.
Uma das alternativas, caso o hímen não se rompa nas primeiras relações sexuais, é um pequeno corte. “Mas isso não é uma questão com a qual a paciente deva se preocupar”, informa a especialista.
O corte é pequeno e promove que o hímen seja rompido na próxima relação sexual. Pode ocorrer até a perda de uma quantidade mínima de sangue no momento que isso acontecer.
Os mitos do hímen
Antigamente, o sangramento na primeira relação sexual indicava que a mulher era virgem, o que era considerado uma virtude na época.
Se não houvesse a marca de sangue no lençol após a noite de núpcias, a situação tinha potencial para ficar complicada, já que a sociedade valorizava apenas as mulheres virgens, consideradas como puras e dignas de enlace matrimonial.
Hoje se sabe que o hímen pode ser rompido em outras ocasiões. Também é fato de que o sangramento durante a primeira relação sexual pode não estar ligado ao hímen, e sim a outros fatores.
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