Estenose aórtica: quando uma doença cardíaca afeta bebês e crianças

Muito comum em pessoas com idade avançada, a estenose aórtica também pode atacar bebês e crianças. Nestes casos, a doença exige cuidados médicos muito mais rigorosos.

A patologia está relacionada à aorta, que é a maior artéria do coração, responsável pela chegada do sangue ao ventrículo esquerdo. Quando a estenose aórtica existe, a válvula não se abre por completo, dificultando o fluxo de sangue para o coração.

Ao se manifestar em crianças, a doença é considerada uma cardiopatia congênita. Foto: Shutterstock

Ao se manifestar em crianças, a doença é considerada uma cardiopatia congênita. Essa condição revela que um problema pode ter ocorrido durante as oito primeiras semanas de gravidez, de forma a afetar o desenvolvimento correto da válvula aórtica.

Origem da estenose aórtica

A válvula possui três folhetos que trabalham como se fossem portas de sentido único, fazendo com que o sangue flua em determinada direção e não volte. A estenose aórtica torna o trabalho dos folhetos mais difícil.

Quando a doença é congênita, a criança pode possuir menos folhetos do que o normal (dois ao invés de três), ter folhetos parcialmente fundidos ou que não correspondem à espessura correta ou, ainda, ter folhetos danificados por febre reumática e endocardite bacteriana.

A gravidade da doença depende de como ela se apresenta no corpo da criança. Uma criança com estenose aórtica grave pode vir a ser muito doente, com sintomas visíveis desde o começo da vida. Em outros casos, pode viver sua juventude sem nem saber da doença. Independente disso, os pais devem estar atentos, pois os graus podem se agravar no decorrer da vida.

Incidência

A estenose aórtica congênita acontece em 6% das crianças com cardiopatia congênita. Essa incidência é três vezes maior em meninos do que em meninas. O defeito na válvula pode surgir sem razão aparente durante a gravidez ou ter uma ligação genética relacionada a gene ou anomalia cromossômica.

A doença precisa ser tratada, mesmo que pareça não inferir nenhum tipo de risco, pois é perigosa ao coração. Com o tempo, a anomalia fará com que o ventrículo esquerdo não seja mais capaz de bombear sangue para o corpo eficientemente. Há também a chance de alargamento da aorta, o que pode acarretar em aneurisma ou dissecção da artéria.

Sintomas

Os sintomas da estenose aórtica variam em crianças e cada uma pode experimentá-los de uma forma diferente. Os mais comuns são falta de ar, palpitações, tontura com esforço, fadiga e dor no peito.

Por serem sinais comuns a outras diversas doenças, é importante que os pais estejam em contato com o médico caso as incidências persistam. Se o pediatra identificar a possibilidade de estenose aórtica, indicará à criança a um cardiologista pediátrico.

Normalmente, o diagnóstico da patologia é dado por meio de testes físicos. Também há a possibilidade de o cardiologista administrar exames para testar se há qualquer outro problema com o coração da criança.

O tratamento para a estenose aórtica em crianças é diferente das medidas tomadas com adultos. A escolha dos procedimentos irá depender da extensão e da gravidade da doença, da idade da criança em questão, da sua tolerância aos medicamentos prescritos, das expectativas de curso da doença e da opinião dos responsáveis.

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