Clínica Geral

Câncer do reto é um dos 3 tumores mais incidentes entre os homens

Por Redação Doutíssima 07/08/2015

O câncer do reto, que está incluído na categoria colorretal (junto com o cólon), é o terceiro tipo de tumor mais frequente em homens ao redor do mundo, de acordo com o Instituto do Câncer (Inca). Só em 2014, foram mais de 15 mil novos casos da doença em homens e mulheres no Brasil.

 

Das ocorrências no território nacional, mais da metade dos diagnosticados foram homens. O Inca ainda informa que, considerando ambos os sexos, a maioria dos casos é proveniente de regiões desenvolvidas.

cancer do reto

Idade avançada e alimentação inadequada são fatores de risco para tumor no reto. Foto: iStock, Getty Images

O órgão ainda menciona como uma causa notável para o câncer do reto a alimentação inadequada e o sedentarismo, hábitos ligados a uma série de doenças.

 

Conforme o Programa Nacional de Prevenção do Câncer do Ministério da Saúde, uma rotina alimentar rica em gorduras e pobre em frutas, verduras e legumes pode ser responsável por  66 a 75% dos casos de câncer de cólon e reto.

 

Alimentos naturais e de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais são benéficos na prevenção desse câncer 

 

Do outro lado, ficam os prejudiciais, como embutidos e processados, carne vermelha e gordura em excesso, o hábito de fumar e o consumo frequente de bebidas alcoólicas. A predisposição genética também é um fator de risco.

Sintomas do câncer do reto

As estatísticas do INCA apontam que o primeiro sinal para o aparecimento do câncer do reto ou de cólon é a formação de pólipos benignos no intestino grosso. Quando não tratados, esses podem evoluir para tumores malignos.

Sérgio Lago, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital São Lucas da PUCRS, comenta que o primeiro sintoma é a sensação de ocupação retal, como se as evacuações não fossem completas e restasse material no tubo. Sangramento também é um sinal do câncer do reto e o médico aponta que muitas vezes é confundido com diarreia.

Se não tratado, esse tipo de câncer pode afetar outras regiões do corpo com metástases. Sérgio menciona a possibilidade de acometimento da bexiga, fígado e até pulmões, mas que a doença pode avançar para outros órgãos também.

 

Tratamento e prevenção do câncer do reto

Quando a doença se desenvolve a partir da formação de pólipos no intestino grosso, a melhor forma de preveni-la seria identificar essas lesões antes de evoluírem para um quadro maligno, informa o INCA. Sérgio menciona que o exame preventivo é capaz de detectar qualquer alteração a tempo de ser tratada.

Se diagnosticado de forma precoce, o câncer do reto tem muitas chances de tratamento bem sucedido e também de cura, afirma o médico oncologista. As opções de tratamento variam entre intervenção cirúrgica, radio e quimioterapia.

Segundo Sérgio, tratamentos complementares são utilizados quando o câncer atinge o canal anal, na tentativa de preservar as funções da região e evitar a colostomia, que é o uso permanente de uma bolsinha para a contenção das fezes.

 

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