O 30 de agosto é o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, doença crônica e incapacitante que acomete a atriz Cláudia Rodrigues. O problema atinge o sistema nervoso central e não pode ser prevenido.
Conheça a doença da atriz Cláudia Rodrigues
Há 15 anos, Cláudia Rodrigues luta contra a esclerose múltipla e outros fatores desencadeados pela doença, como a depressão. Em recente entrevista, a artista admitiu que em um determinado momento cogitou tirar a própria vida.
Em 2000, Cláudia Rodrigues sentiu algumas dificuldades para trabalhar e realizar sua rotina como de costume. A suspeita inicial era de que fosse apenas estresse, mas uma bateria de exames revelou que a atriz tinha esclerose múltipla.
O Ministério da Saúde afirma que cerca de 30 mil brasileiros sofrem com a doença. Ela atinge principalmente mulheres, como no caso da atriz Cláudia Rodrigues, em uma proporção de três para um. As causas não podem ser apontadas com exatidão e ela não é genética, mas ter alguém com o problema na família aumenta as chances.
Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, esclerose múltipla é um problema inflamatório que afeta uma parte branca do sistema nervoso responsável pela condução nervosa, a mielina. Diferentes partes da medula espinhal e do cérebro são afetados em variados momentos.
Os sintomas que caracterizam a doença são, na verdade, um conjunto de sinais que indicam lesões. Os doentes costumam ter crises em intervalos com períodos de remissão, em que os sinais diminuem ou desaparecem.
Sintomas da esclerose múltipla
No início, os sinais são sutis, mas com o passar do tempo, os sintomas da esclerose múltipla vão ficando mais evidentes. Visão turva, perda de sensibilidade em alguma parte do corpo, dor persistente em algum local específico e dificuldade motora para atos tão simples – como levar um copo de água até a boca – podem indicar esclerose múltipla.
Alterações no controle da urina são comuns também. Um sintoma menos frequente é a sensação de choque na espinha, que pode percorrer pela parte de trás dos braços e pernas. Essa sensação é chamada e sinal de Lhermitte.
É importante lembrar que a esclerose múltipla não é uma doença fatal e que com medicação e atenção para a saúde, os pacientes levam uma vida normal. Já existem medicamentos capazes de contornar os sintomas da doença e controlar a evolução, garantindo uma melhor qualidade de vida.
Tratamento da esclerose múltipla pelo SUS
O Sistema Único de Saúde, do governo brasileiro, oferece tratamento gratuito para cerca de três mil portadores da doença. Mas o fornecimento do medicamento padrão utilizado para diminuir os efeitos no organismo pode ficar comprometido.
O remédio em questão faz parte das diretrizes de tratamento da doença estabelecidas pelo Ministério da Saúde em 2002. A decisão sobre continuar ou não fornecendo o medicamento esteve em consulta pública sob responsabilidade da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, que agora avalia as contribuições.
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