A bomba de insulina é um aparelho eletrônico que injeta microdoses do hormônio no organismo de diabéticos durante 24 horas por dia. Com aproximadamente 100 g de peso e do tamanho de um celular, o equipamento é programado pelo médico responsável para manter o controle glicêmico do paciente.
O tratamento é indicado principalmente no diabetes tipo 1, que atinge em sua maioria gestantes, bebês, crianças e enfermos que têm grandes variações de glicemia (hipoglicemia: açúcar baixo no sangue, e hiperglicemia: açúcar alto).
Inventado há 32 anos e disponível no Brasil desde 1988, a bomba de insulina ainda é pouco utilizada no país. Segundo cálculos da Sociedade Brasileira de Diabetes, atualmente apenas 4 mil portadores fazem uso de seus benefícios.
Um número muito aquém do volume de pacientes: 6,9% da população, aproximadamente 13 milhões de pessoas, convivem com a enfermidade. Desses, quase um milhão têm o tipo 1. Em certos casos no tipo 2, conforme a evolução da doença, também é necessária a reposição de insulina.
A maior dificuldade para fazer o tratamento com o aparelho é o alto custo. O preço de uma bomba varia entre R$ 13 mil e R$ 15 mil e a manutenção mensal, entre R$ 500 e R$ 1,5 mil.
A tecnologia ainda não está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também não é coberta pelos planos de saúde particulares. Entretanto, por meio de ações judiciais, pacientes têm conseguido o custeio pelo governo.
Funcionamento e vantagens da bomba de insulina
Entre os benefícios da utilização está o fim das injeções diárias de insulina comuns ao tratamento convencional. Outras vantagens são a liberdade e o conforto proporcionados ao paciente. Com o controle da glicose, a pessoa pode se alimentar com tranquilidade, dormir e fazer exercício físicos sem implicações.
Programada previamente por meio de um sistema computadorizado, a bomba injeta a insulina automaticamente através de uma cânula (cateter) com uma agulha super fina e flexível na ponta e que é aplicada sob a pele no abdômen, nádega, região lombar, coxas e braços. Não é necessário nenhum procedimento cirúrgico.
É possível se desconectar sem dificuldade mantendo a cânula no subcutâneo e tornando menos complicada a prática de atividades casuais como tomar banho. Para funcione sem problemas, é fundamental que o diabético promova a manutenção regular do aparelho.
Aparelho conectado facilita ainda mais o tratamento
A bomba de insulina só será eficiente se as medidas de glicemias forem respeitadas conforme a orientação médica. A cada refeição é preciso fazer o cálculo da quantidade de carboidratos que podem ser consumidos.
Com o intuito de facilitar ainda mais este processo, recentemente foi criado outro equipamento, chamado de CGMS, que é uma sigla em inglês para sistema de monitoramento de glicose contínua.
Entre outras palavras, o sensor capta a concentração de glicose no local e transmite a informação para a bomba de insulina, dispensando o controle manual das medidas.
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