A tecnologia já se tornou inerente dentro das civilizações pós-modernas. Um levantamento feito pela empresa Zogby International (EUA), apontou que 40% dos 1.950 entrevistados acreditam que, com os avanços tecnológicos, robôs vão poder fazer trabalhos manuais. Mas você já imaginou a criação de um autômato exclusivamente para o sexo cibernético?
Antecipando alguns avanços dentro da área da robótica, um estudo divulgado pela Pew Research (EUA), chamado AI, Robotics, and the Future of Jobs, sugere que até 2025 a fabricação de bonecas robóticas sexuais será comum. Mas, se depender de empresas norte-americanas como a New Companion, essa realidade poderá vir antes: ainda em 2015.
Sexo cibernético: entenda a proposta
O robô do sexo é um conceito que já começou a movimentar a indústria tecnológica. A proposta de criar “gadgets” ambulantes e atraentes, como os já vistos e adorados no cinema em clássicos como Mulher nota 1000 (1985) e O homem bicentenário (2000), estimula a indústria a repensar os relacionamentos sexuais nessa nova era científica.
As bonecas cibernéticas que já estão sendo desenvolvidas por companhias americanas prometem ser muito mais do que corpos femininos de látex. Os andróides já serão comercializados com inteligência artificial, com o intuito de atender a todos os desejos sexuais do usuário. Ou seja: serão treinados de forma técnica para o prazer.
Entre os benefícios sugeridos pelo sexo cibernético estariam a possibilidade de uma melhora técnica nas relações, o alívio do estresse e, consequentemente, a diminuição do risco de problemas de saúde como ataques cardíacos e insônia. Os robôs seriam, portanto, uma nova espécie de brinquedo sexual em forma humana.
É possível citar, pelo menos, duas empresas norte-americanas que prometem tornar real a possibilidade do sexo cibernético. A True Companion afirmou que vai lançar, ainda em 2015, o (a) Roxxxy: primeiro robô sexual do mundo com pele sintética, disponibilizado em versão feminina e masculina. O autômato deverá custar 7 mil dólares, cerca de R$ 28 mil.
Já a companhia californiana RealDoll planeja vender uma boneca sexual de borracha, com inteligência sexual, até 2017. O projeto, entretanto, está gerando controvérsias. Especialmente porque especialistas já alegaram que a empresa estaria fabricando, também, robôs em forma de crianças.
Especialistas lançam campanha contra robôs sexuais
A proposta de autômatos sexuais não é bem aceita por todos. As especialistas em ética Kathleen Richardson, da Universidade Montfort (Inglaterra) e Erik Billing, da Universidade de Skövde (Suécia), acabam de lançar uma campanha chamada Campaign against sex robots, traduzindo: Campanha contra robôs sexuais.
A proposta é combater essas relações julgadas por eles como “artificiais, antiéticas e amorais”. Em entrevista à rede americana de televisão BBC News, Kathleen afirmou que a criação de tais robôs prejudicará as relações entre homens e mulheres, adultos e crianças, homens e homens e mulheres e mulheres.
Ela também enfatizou que o desenvolvimento desses robôs reforça o esteriótipo de que a mulher é um objeto, além de contribuir para disseminar a ideia de que uma relação não precisa ser nada além de física. A especialista afirmou que o foco da indústria na criação desses robôs é reflexo dos horrores já presentes no mundo da prostituição.
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