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Hentai: conheça a arte japonesa de quadrinhos eróticos

Por Redação Doutíssima 17/09/2015

Nem todas as histórias em quadrinhos são coisas de criança. O hentai é um segmento do ramo de mangá e anime que mostra situações explicitas através de ilustrações eróticas.

Além disso, esse tipo de história em quadrinho muitas vezes vai além e revela situações bizarras – às vezes até mesmo usando estereótipos infantis. Ainda assim, há muitos fãs desse estilo de quadrinhos no Japão e no mundo.

hentai doutissima shutterstock

Hentai é condenado por muitos por usar esteriótipos infantis nos quadrinhos. Foto: Shutterstock

 

Hentai é um tipo de história em quadrinhos para adultos

Hentai tem uma longa história e definições conflitantes. A palavra reflete uma pessoa, ação ou estado de ser sexualmente anormal. Com isso, descreve um subgênero da literatura erótica – e não toda a literatura erótica japonesa.

Nesse tipo de história são mostradas situações sexuais que consideradas perversas e fantásticas: parceiros bizarros e estupro, por exemplo.

 

O mangá, famosas histórias em quadrinhos japonesas, tem raízes em pergaminhos budistas que datam do século 12. Durante o século 20, estilos de arte japonesas adotaram elementos ocidentais. Esse mix eventualmente produziu o estilo de desenho mangá que conhecemos hoje.

 

Após a Segunda Guerra Mundial, tanto o mangá, quanto o hentai explodiram. Astro Boy e outros personagens apareceram durante esse tempo, já que era livre explorar todos os temas que o foco na literatura de guerra impediu por certo período.

 

Histórias exploram temas polêmicos

O aspecto anormal é o que cria o grande apelo desse gênero. Ele concebe um mundo de fantasia de demônios, polvo e outros personagens sexuais que são impossíveis na prática – como mulheres com pênis, por exemplo.

 

Além disso, existe uma barreira entre o espectador e as cenas em razão da falta de realismo. Para o público ocidental, o hentai é muitas vezes um tabu.

 

Esse gênero explora histórias inusitadas, incluindo personagens quase infantis em situações de incesto ou abuso. Além disso, esse tipo de literatura erótica tem uma reputação de ser de má qualidade: pular quadros, contar histórias pobres, e muito mais. Claro, essa avaliação se estende a outros gêneros de anime e mangá.

 

Pornografia infantil e histórias em quadrinhos

Estima-se que 30% da indústria da manga seja erótica e muitas vezes retrata o sexo com ou entre menores. Esse tema é bastante polêmico em todo o Japão e em várias partes do mundo.

 

No Brasil, por exemplo, é crime a produção e divulgação de imagens de menores em cenas de sexo explícito. Vale lembrar, porém, que tudo no hentai é fantasia, sem personagens reais.

 

A lei japonesa proíbe a posse de pornografia infantil desde 2014. Até então, apenas a produção e a distribuição de documentos eram proibidas e punidas no país. Entretanto, o texto aprovado trouxe uma ressalva: a lei diz respeito apenas a pessoas reais, mas não mangás, hentais ou outros desenhos e vídeos de animação.

Ao lado da Rússia e dos Estados Unidos, o Japão é um dos principais geradores de tráfego na internet em matéria de pornografia infantil. A definição de pornografia infantil, entretanto, exclui ilustrações e imagens fictícias e, portanto, as histórias em quadrinhos, produtos de animação ou criações digitais.

 

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