A discussão sobre a melhor forma de parto está em evidência. Mudanças em diretrizes do governo e novas informações vêm sendo abordadas para ajudar as novas mães a tomar essa decisão. Uma dessas ferramentas é o documentário brasileiro O Renascimento do Parto.
O filme, lançado em 2013, mostra a situação brasileira e mundial quanto aos perigos das cesáreas e os benefícios do parto humanizado.
O Renascimento do Parto: 2 anos para ser produzido
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, divulgada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que 54,7% dos partos brasileiros são cesáreas. O número está muito acima da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 15%.
Dirigido pelo casal Eduardo Chauvet e Érica de Paula, o documentário mostra alguns mitos sobre as cesáreas, bem como partos com intervenções traumáticas e desnecessárias. Essas questões podem ter sérias consequências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras.
Esse filme levou dois anos para ser produzido, período em que o casal viajou pelo País em busca de depoimentos de mães, especialistas, médicos e parteiras. Como Érica é doula, ela passava noites acompanhando partos enquanto Eduardo trabalhava na edição do documentário – que não contou com recursos externos.
A primeira parte do longa fala sobre tudo que envolve a cesariana, desde os mitos às opiniões de profissionais e mulheres que passaram pelo procedimento. A segunda parte mostra detalhes sobre o parto humanizado independentemente do lugar em que é realizado e como isso pode ter vários benefícios para a mamãe e o bebê.
Essa produção nacional fez tanto sucesso que se tornou o 2º documentário brasileiro com maior bilheteria nos cinemas do Brasil em 2013, atraindo 30 mil espectadores em 50 cidades ao longo de 22 semanas de exibição. Foi indicado para vários prêmios, como o Los Angeles Film Festival. Além disso, o DVD lançado em 2014 foi um dos mais vendidos do ano.
Expectativa para a continuação do documentário
O sucesso do longa-metragem foi tanto que uma continuação será feita com esse tema. O Renascimento do Parto 2 também terá direção de Eduardo Chauvet e abordará outro grande problema relacionado ao parto: a violência obstétrica, que é vista de diversas formas como cesarianas desnecessárias ou agressões ocorridas durante o parto normal.
Esse é um tema bastante polêmico – assim como era o do primeiro documentário. Há inúmeros casos de mulheres que acabam sofrendo algum tipo de violência nesse momento tão especial, seja ela física, seja ela verbal. De acordo com dados da Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres é vítima de violência obstétrica durante o parto no Brasil.
Além disso, serão desenvolvidos outros exemplos capazes de dar certo e que estão relacionados com o tema central. Por exemplo, serão mostrados casos brasileiros em que partos são feitos respeitando mamães e bebês, e ainda o modelo de assistência ao parto na Inglaterra – referência internacional de qualidade. A data de lançamento do novo filme está prevista para maio de 2016.
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