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Gêmeos idênticos: entenda como ocorre e quais os cuidados

Por Redação Doutíssima 23/11/2015

Na década de 80, Ashley e Mary-Kate Olsen compartilhavam o papel de Michelle na série americana Full House. Como isso foi possível? As atrizes mirins são um caso clássico da semelhança entre gêmeos idênticos, onde é quase impossível identificar as diferenças entre eles.

 

Apesar disso, é necessário saber que cada dupla tem a sua própria personalidade e que isso deve ser lavado em conta. Estatísticas de 2012 do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos revelam que o nascimento de gêmeos dobrou desde os anos 80.

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Apesar de serem gêmeos idênticos, cada criança tem a sua própria personalidade. Foto: Shutterstock

 

Como os gêmeos idênticos acontecem?

As chances de ter gêmeos são maiores se comparadas às de qualquer outro tipo de nascimento múltiplo. Há dois tipos de gêmeos: idênticos ou monozigótico e não idênticos ou dizigóticos. Os idênticos são formados quando um óvulo é fertilizado por um único espermatozoide e, então, o zigoto se divide em dois.

 

Isto acontece mais rapidamente na fase de desenvolvimento quando o zigoto é não mais do que um conjunto de algumas células. Quando há essa divisão no início da concepção isso significa que cada bebê terá exatamente a mesma informação genética que a outra. É possível essa ocorrência ainda através da fertilização assistida.

 

Não há explicação do porquê o óvulo se divide: trata-se de uma ocorrência espontânea e aleatória. Porém, algumas teorias apontam que isso se dá principalmente em mulheres com mais de 35 anos, cujos óvulos não são tão flexíveis assim. Um estudo publicado no Journal of Reproductive Medicine sugere ainda que mulheres que comem mais produtos lácteos têm maiores chances de conceber gêmeos.

 

A gravidez de gêmeos é capaz de envolver riscos. Caso os gêmeos monozigóticos dividam a placenta, eles apresentam maior chance de desenvolver a síndrome da transfusão feto-fetal. Isso significa que um deles ganhará mais alimentação do que o outro e terá um peso superior. Outros perigos comuns são o entrelaçamento do cordão umbilical e a compressão se os fetos compartilham o mesmo saco amniótico.

 

Além disso, tanto em gêmeos idênticos quanto em não-idênticos os riscos do parto podem ser maiores. Da mesma forma, é possível maior incidência de prematuridade e problemas associados, como pressão arterial elevada e pré-eclâmpsia. Por todas essas razões, o acompanhamento pré-natal é ainda mais fundamental quando se está grávida de gêmeos.

 

 

Mesmo parecidas, são crianças diferentes

Embora os gêmeos monozigóticos compartilhem idêntico DNA e codificação genética, eles são indivíduos únicos. É verdade que no nascimento eles parecem quase idênticos, mas há pequenas diferenças perceptíveis. Quando as crianças crescem as suas qualidades únicas tornam-se ainda mais evidentes.

 

Os papais de gêmeos devem ter cuidado durante todo desenvolvimento dos bebês, que podem ter velocidades diferentes – tanto em personalidade quanto em outras questões. A melhor abordagem talvez seja tratar as crianças como se elas fossem únicas – e não idênticas ao irmão ou irmã.

 

Para fazer isso é possível recorrer a uma série de táticas, como colocar as crianças em turmas diferentes no colégio, estimular atividades que cada uma delas gosta e depois de certa idade evitar roupas iguais. Esse tipo de atitude estimula que cada uma delas se diferencie da outra e desenvolva e forje uma identidade única.

 

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