Pessoas com algum tipo de deficiência intelectual precisam de serviços de educação especial desde a escola primária. Para isso, surgiu uma instituição brasileira sem fins lucrativos: a Apae. Criada na década de 50, esse movimento cresceu e se tornou uma das iniciativas mais importantes do País para atender essa demanda.
Apae atende milhares com necessidades especiais
A Apae, ou Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, surgiu para prevenir e tratar a deficiência, bem como para promover o bem-estar e o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual. Normalmente pessoas com deficiência aprendem e se desenvolvem mais lentamente do que outras crianças.
Antigamente, as deficiências intelectuais eram chamadas de “retardo mental”, mas esse termo não é usado. Segundo o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 2,6 milhões de brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência mental ou intelectual.
As pessoas que têm deficiências intelectuais costumam ter mais dificuldade para aprender e lidar com sua vida cotidiana. Cronologicamente é possível que ela já tenha 10 anos de idade, mas ainda assim seja incapaz de falar ou escrever como outra criança da mesma idade.
É comum também que haja maior lentidão para aprender outras habilidades, como a forma de se vestir ou agir no meio social.
No entanto, ter uma deficiência intelectual não significa que a pessoa seja incapaz de aprender. Diversas crianças com autismo, síndrome de Down ou paralisia cerebral podem ser classificadas como tendo deficiência intelectual, mas ainda assim conseguem ter uma grande capacidade de aprendizado. É justamente para desenvolvê-la que é feito o trabalho na Apae.
A instituição nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1954. Sua fundadora foi Beatrice Bemis, membro do corpo diplomático norte-americano e mãe de uma criança com Síndrome de Down. A americana já tinha participado da fundação de outros projetos semelhantes ao redor do mundo e ficou admirada porque ainda não existia iniciativa semelhante no Brasil.
Com auxílio de pais, amigos, professores e médicos dessas crianças, foi então fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Segundo a Federação das Apaes, atualmente existem cerca de 1.993 instituições e entidades análogas filiadas, que atendem mais de 243 mil crianças e adultos.
Como se tornar um voluntário
Para quem deseja apoiar esse projeto, há várias formas de fazê-lo. A primeira delas é o trabalho voluntário, através do qual a pessoa dedica algumas horas semanais para oferecer algum serviço de apoio. É possível atuar em diversas equipes de trabalho, como Escola, Diversidade ou Educação Profissional, auxiliando no desenvolvimento de atividades.
Basta procurar a instituição de sua cidade e ser maior de 18 anos. Além disso, é necessário ter uma disponibilidade mínima de quatro horas semanais, bem como participar de algumas palestras e treinamentos de capacitação para esse trabalho tão especial.
É possível contribuir financeiramente, além de apadrinhar os participantes desse projeto. Caso queira ajudar, há ainda a possibilidade de participar das campanhas – principalmente em datas comemorativas, como o Natal. A instituição aceita também doação de mantimentos, móveis e materiais de uso geral.
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