A pronação é um problema que ocorre quando os pés do seu filho têm inclinação para dentro. O pé chato na infância pode ser uma condição normal até certa idade, mas é preciso estar atenta e reconhecer alguns sintomas capazes de indicar que algo não está bem conforme a idade avança.
Isso garante que a criança receba o tratamento de que necessita o mais rapidamente possível, evitando assim problemas anatômicos.
Maioria das crianças tem pé chato na infância
Quase todos os bebês nascem com o pé chato e podem superar isso naturalmente. Segundo o ortopedista André Shecaira, a maioria das crianças nasce sem o arco plantar e só irá desenvolvê-lo conforme o crescimento, por volta dos 6 anos de idade. Ele esclarece que isso ocorre porque os bebês nascem com uma camada de gordura na região do arco.
Shecaira explica que não há uma relação entre o pé chato e enfermidades. “O ideal é que haja a formação da curvatura, mas é possível viver normalmente com essa ausência, sem qualquer sintoma ou problema”, ressalta. Além da pronação, outros problemas comuns são os joelhos tortos, levemente inclinados para dentro.
No entanto, com o avançar da idade é preciso ter atenção. No momento em que o pequeno completa 7 anos, determinados sintomas podem começar a aparecer. Normalmente, eles incluem dores e incômodos constantes, alerta o ortopedista Maurílio Mendes. “Se a queixa persistir, os pais devem procurar um especialista, pois pode ser necessária a correção cirúrgica”, ressalta.
Quando isso se torna um problema
A maioria das crianças não apresenta sinais ou sintomas associados ao pé chato. Ocorre que algumas delas podem sentir dor no pé, particularmente na zona do calcanhar ou arco – sendo que essa dor muitas vezes piora durante algumas atividades.
É possível ainda o aparecimento de inchaço ao longo do interior do tornozelo. Por isso, vale a pena conversar com pediatra ou ortopedista se seu filho apresentar dor no pé.
Para o diagnóstico, o pé e o tornozelo são examinados quando a criança levanta e senta. O médico também observa como a criança anda e avalia a amplitude de movimento do pé. Como às vezes o pé chato está relacionado a problemas na perna, é possível que ele examine ainda o joelho e o quadril.
Exames de raio X são frequentemente usados para um diagnóstico mais preciso. Casos que ainda geram dúvidas exigem imagens adicionais e outros exames – que serão solicitados pelo profissional especializado.
Quando a criança não apresenta sintomas, o tratamento muitas vezes é desnecessário. Ao invés disso, o problema será monitorado e a criança reavaliada periodicamente. Uma prática comum nesses casos é o uso de botinhas ortopédicas – embora estudos indiquem que elas não modificam a curvatura do pé.
Para o ortopedista Rodrigo Mota, o melhor tratamento é deixar as crianças agirem como crianças. “Sem restrições, imposições ou neuras. A curvatura do pé se formará ou não, independente dos cuidados paternos”, ressalta.
Em casos mais graves a cirurgia pode ser necessária para aliviar sintomas e melhorar a função dos pés. Esse procedimento cirúrgico ou a combinação de procedimentos selecionados irá depender do tipo de pé chato e do grau de deformidade diagnosticados.
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