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Presença de águas-vivas exige atenção dos banhistas

Por Redação Fortíssima 12/01/2016

Do mês de outubro até o momento, o Corpo de Bombeiros já registrou aproximadamente 20 mil ataques de águas-vivas só no litoral de Santa Catarina. Ainda assim, a presença desses animais aquáticos não é exclusividade de uma única região do país.

Para os banhistas que querem aproveitar o veraneio, a dica de Vidal Haddad Junior, professor de medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é ter atenção aos sinais de que esses cnidários podem estar presentes – e o verão é justamente a época de maior incidência.

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É difícil identificar uma água-viva enquanto você está aproveitando o mar. Foto: Shutterstock

Como prevenir acidentes com águas-vivas

Transparentes, as águas-vivas podem ser difíceis de identificar. Ou seja, a melhor prevenção é não se descuidar e,  ao perceber que outras pessoas foram envenenadas, evitar o banho de mar naquela região.

Quando se trata de um caso isolado, por outro lado, é provável que você só tenha dado o azar de esbarrar em um dos poucos animais que transitavam por ali. Aqui a única dica é cuidar da lesão.

Já as caravelas, explica Haddad, são cnidários semelhantes às águas-vivas, mas que carregam uma bolsa flutuadora arroxeada, que torna mais fácil a sua identificação no mar. Ao perceber uma delas, evite o contato.

O professor alerta ainda que vale o cuidado também quando esses animais aquáticos forem encontrados na areia. Mesmo em até cerca de 24 horas fora da água, eles ainda podem envenenar a partir do toque. O principal cuidado é com as crianças e na hora de fazer caminhadas com os pés descalços.

Cuidados com as queimaduras por águas-vivas

Embora a maioria das pessoas se refira aos acidentes envolvendo águas-vivas como uma queimadura, eles são na verdade um envenenamento. Ainda que a dor seja semelhante ao contato com calor intenso, ela é causada pela ardência do veneno, que pode ficar marcado na pele no formato das linhas dos tentáculos.

“A dor melhora com compressas de água do mar gelada, pois o frio interfere com a ação do veneno. Água doce pode agravar o quadro, por descarregar células venenosas na pele”, destaca Haddad.

Ele lembra ainda que banhos ou compressas de vinagre ajudam a prevenir o aumento da liberação de veneno, mas não agem diretamente na dor. Em caso de falta de ar, palpitações e desmaios, é recomendado procurar ajuda médica.

Porém, esses são efeitos raros para quem entrou em contato com as águas-vivas presentes no litoral das regiões Sul e Sudeste, que costumam causar acidentes leves, com capacidade de melhora em pouco tempo.

Outro cuidado é com as populares medidas caseiras, que podem até piorar o quadro e gerar a necessidade de atendimento especializado. Urinar na área do envenenamento ou derramar refrigerante nela, por exemplo, são duas técnicas que não contam com embasamento científico.

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