Se você quer ensinar uma novo idioma para o seu filho, que tal a linguagem de sinais? Assim como o inglês, o espanhol e o francês representam uma possibilidade de se comunicar com outro grupo de pessoas, o aprendizado de libras para crianças permite o diálogo com indivíduos surdos-mudos.
E que tal aproveitar o Dia do Surdo-Mudo para entender mais sobre como funciona essa língua e qual e por que é importante que ela seja ensinada aos pequenos? É um passo importante para uma sociedade com mais acesso a todos.
Libras como inclusão
Para uma educação inclusiva é preciso a participação de todos. Hoje em dia, em uma sala de aula regular onde se tenha algum aluno com deficiência auditiva, é comum ter também um instrutor de libras. Ele planeja junto com o professor as atividades, bem como as adaptações necessárias para que todos aprendam por igual.
Para a gerente do Centro de Atenção Desenvolvimento Educacional (Cade), Priscila de Giovani, esse é o espaço ideal para que os alunos regulares aprendam alguns e passem a interagir com o colega deficiente auditivo.
“É um momento de alegria para as crianças, em que elas podem interagir umas com as outras em libras e se aproximar do amigo que possui uma deficiência”, completa ainda Priscila.
Ensino de libras para crianças surdas-mudas
Se o ensino de libras para crianças que não possuem deficiência é importante, imagine o quanto o idioma de sinais não é para jovens surdos-mudos. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem problemas auditivos. Destes, um milhão são jovens de até 19 anos.
Com esse número significativo, a necessidade de haver uma linguagem padrão para sua comunicação é ainda mais fundamental. Mas o ensino de libras para crianças surdas mudas é algo que não deve estar restrito somente a escola. Ao chegar em casa, o jovem tem que conversar com seus pais para não perder a prática.
Por isso, Secretaria de Educação oferece rede de atendimento que envolve responsáveis, professores e alunos no processo de alfabetização inclusiva. Para s professora de libras Mary Lopes, o desenvolvimento e o aprendizado do deficiente auditivo é mais rápido quando praticado, também fora da escola, por meio dos sinais corretos da língua.
Segundo ela, os pais que substituem os sinais caseiros pela Língua Brasileira de Sinais possibilitam ao filho a assimilação mais rápida do conteúdo ensinado na escola. Além disso, a família pode auxiliar melhor nos temas de casa. “A Língua é a base de todo o processo de alfabetização”, define.
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