Sob uma perspectiva ambiental, conhecer o tempo de decomposição do lixo que produzimos é de grande importância. Com essa informação, é possível reduzir o consumo de produtos que gerem resíduos que demoram para serem completamente decompostos em aterros sanitários e escolher aqueles que podem ser reciclados.
A geração de lixo
O lixo está se tornando um problema cada vez maior para nós e para o meio ambiente. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), a geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014. Enquanto isso, o crescimento populacional foi de 6%. A produção chega a 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Com essa marca, o país ocupa a ingrata quinta posição dos maiores produtores de lixo no mundo.
O impacto ambiental de aterros sanitários é uma questão complexa. O espaço em si não é o único problema, já que os materiais depositados são capazes de poluir ar, água e solo. Vale saber ainda que há duas formas de lixo, os biodegradáveis e os não-biodegradáveis.
Os biodegradáveis irão se decompor naturalmente – plantas e animais, por exemplo. Acontece que esses resíduos orgânicos, mesmo biodegradáveis, acabam apodrecendo e emitindo gás metano. O metano é um dos gases que mais prendem o calor na atmosfera e contribuem para as mudanças climáticas.
Os não-biodegradáveis são aqueles que não se decompõem naturalmente – sendo que seus resíduos levam bastante tempo para “desaparecer”. Esse também é um grande problema, porque parte desse tipo de lixo acaba sendo despejado no oceano – estatísticas mostram que cerca de 10% dos resíduos plásticos de todo o mundo acabam no mar.
Um estudo publicado na Environmental Science and Technology Journal estima ainda que mais de 40% do lixo não-biodegradável do mundo seja queimado. A queima de lixo inclui plásticos e eletrônicos, sendo a causa da maior parte da poluição do ar. Pesquisadores revelam que 29% das partículas tóxicas que afetam o pulmão vêm da queima de lixo.
Decomposição de produtos não-biodegradáveis
A reciclagem é algo que a natureza tem feito desde o início, transformando a matéria biodegradável em húmus. Desde que os seres humanos começaram a reutilizar materiais não-biodegradáveis, é esse o tipo de lixo que necessita uma atenção especial.
Plástico: até 1 mil anos.
Embalagens de papel: até 6 meses
Chiclete: 5 anos
Fraldas descartáveis: até 550 anos.
Isopor: até 400 anos.
Latas de alumínio: de 80 a 200 anos.
Garrafas de vidro: até 1.000.000 de anos.
Jornais: de 2 a 6 semanas.
Nylon: até 30 anos.
Filtros de cigarro: até 12 anos.
Vale saber que há fatores que afetam o tempo de decomposição: temperatura, níveis de oxigênio, dentre outros. Uma pesquisa da Ohio State University demonstrou também que a adição de água no lixo é capaz de aumentar a taxa de rapidez com que ele se decompõe.
Para evitar os evidentes problemas que podem ser ocasionados, é importante adotar uma série de medidas. Minimizar a quantidade de resíduos através da educação e melhoria em processos de produção é uma delas. Além disso, é importante separar os vários tipos de materiais visando ao seu reaproveitamento – ou seja, a reciclagem.
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