Os surtos de doenças espalhadas pelo Aedes aegypti na América têm alertado a população para a importância de se prevenir. Mas, enquanto uns esperam por uma vacina, os adeptos da medicina alternativa apostam na própolis verde para driblar a ação do inseto.
Substância extraída pelas abelhas de cascas de árvores, plantas e flores, ela é utilizada para a construção e proteção de suas colmeias. Por outro lado, há quem aposte no produto como um antibiótico natural, que atuaria no organismo a partir de poderosos antioxidantes e vitaminas do complexo B, C, H e O.
Própolis verde no combate ao aedes
Há diferentes tipos da substância disponíveis, dependendo de onde ela é extraída. No caso da própolis verde, a extração é proveniente do alecrim, uma planta típica da vegetação brasileira.
Não é à toa que, segundo dados da Cooperativa Nacional de Apicultura (Conap), o mercado da própolis cresceu 18,8% no país em 2015. Mas o crescimento não se deve somente aos benefícios da substância.
Ele também está ligado às exportações e ao consenso entre especialistas de que o composto extraído no Brasil tem uma composição química distinta da apresentada no restante do mundo, já que o alecrim do campo é tipicamente brasileiro. Para se ter uma ideia, aqui o extrato é vendido a R$ 10. No exterior, custa cerca de US$ 40.
Embora já tenha sido amplamente utilizada no combate no tratamento de gripes, dores, mal-estar e hipertensão, a própolis verde para a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ainda é uma novidade.
Com o surto de casos ocorridos entre 2015 e 2016, alguns biólogos e médicos passaram a defender o uso desse remédio alternativo. Os entusiastas da própolis verde sugerem que a planta pode ser utilizada tanto como repelente para o mosquito da dengue, quanto como forma de tratamento para as doenças transmitidas por ele.
Eles explicam que, depois de ser ingerida, a própolis exala, por meio da sudorese, princípios ativos como flavona e vitamina B, que repelem os insetos. Assim, a sugestão é de que os adultos tomem cerca de 30 a 40 gotas, diluídas em água sem cloro, a cada seis horas.
Já as crianças podem ingerir o número de gotas equivalente à metade do seu peso corporal, também diluídas. Antes disso, no entanto, é recomendado fazer o teste alérgico. Embora rara, a sensibilidade à própolis pode se manifestar.
Medicina natural no combate à dengue
Se depender dos pesquisadores, a medicina alternativa será uma forte aliada no combate ao aedes. Um novo estudo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed), atestou a eficácia dos óleos de orégano e de cravo para matar as larvas do mosquito.
Os cientistas detectaram que, ao entrar contato com o criadouro, esses óleos são capazes de matar as larvas em até 24 horas. O próximo passo é estudar a possibilidade de patentear um larvicida, menos prejudicial ao meio ambiente, formulado com esses ingredientes.
E você, que técnicas use para combater a proliferação do mosquito da dengue? Deixe o seu comentário. Também aproveite para conferir outras dicas do Doutíssima sobre o assunto.