Para que um relacionamento dê certo é preciso que as duas pessoas envolvidas estejam em perfeita sintonia, se comunicando da melhor maneira, vivendo em harmonia e sabendo lidar com os conflitos do dia a dia – acima de tudo com muito respeito. Por isso, se você sente que está faltando algo no seu relacionamento, sente e converse com seu parceiro!
O psicólogo e doutor em neurociência do comportamento Dr. Yuri Busin levantou alguns pontos para que você saiba como enfrentar uma crise no relacionamento, que pode não ser tão simples, porque envolve muitos fatores, como filhos e família. Leia!
Primeiros sinais
Alguns sinais podem fazer com que o casal sinta um distanciamento que, geralmente, vêm acompanhados de brigas constantes, desconfianças ao extremo, falta de interesse sexual, impaciência com o parceiro, divergência muito grande entre opiniões, mentiras, desrespeito e perda de admiração. Relacionamentos que estão abalados causam algum sofrimento para um ou ambos do casal.
Terapia de casal: qual é o momento certo para repensar o relacionamento?
Evitando o rompimento
Um dos primeiros passos é dialogar com o parceiro, conversar sobre seus sentimentos e procurar soluções. Muitas discussões entre os casais são extremamente improdutivas e acabam machucando mais do que buscando em conjunto soluções viáveis para os problemas. O diálogo sempre será a chave para que o casal consiga crescer em conjunto.
É importante ressaltar que a empatia e respeito ao próximo é essencial, uma vez que o que para você pode parecer uma besteira para o outro pode parecer algo muito grave. Então, sempre respeite a opinião do outro e tente buscar uma solução, conversando!
É interessante buscar uma terapia de casal quando o casal deseja ficar junto e quer melhorar a comunicação. O terapeuta não irá solucionar o problema pelo casal, mas sim ajudar a entender novas perspectivas para evoluir o casamento.
Família x casamento
Em alguns casos, o casal luta contra o rompimento para evitar sofrimento dos filhos, já que pode ser um grande trauma para o psicológico das crianças. Em outra situações, casais sofrem rejeição da família ao comunicarem a crise no relacionamento.
Cada situação é muito delicada e deve ser pensada caso a caso. Mas se o casal decidir ficar juntos pelo filho deve ser algo saudável e bom para ambos, porém se continuar com diversas brigas talvez seja interessante repensar.
Falta de admiração e discussões constantes são sinais de relacionamento abalado. Foto: iStock
Infelizmente isso ocorre, porém é importante lembrar que quem deve estar feliz é você e não sua família, tenho certeza que sua família irá apoiar você independente da sua decisão.
Repense a relação
Ao contrário do início do relacionamento, situação a qual geralmente é contemplada por muita alegria, novidade, entusiasmo e, claro, muita paixão, o término do relacionamento leva a total perda de tudo que foi conquistado, o que pode gerar uma sensação de fracasso.
Então, começam-se os questionamentos de culpa: “será que eu fiz tudo que poderia?”, “onde eu errei?”, entre outras. Essas questões atordoam mais ainda aquele que está sofrendo pelo fim.
Entretanto, devemos fazer perguntas melhores para saber um pouco mais do que aconteceu, como, por exemplo: “o que o casal fez para que isso fosse evitado?”.
Perguntas deste tipo geralmente são esquecidas, lembrando que todo relacionamento é uma via de mão dupla, ou seja, são duas pessoas, duas vontades, duas opiniões, duas personalidades. São duas pessoas que resolvem compartilhar um pedaço de suas vidas com a pessoa amada. Isso não significa que não existirão problemas.
Todos os casais brigam, todos os casais ficam tristes um com o outro. Isso faz parte do cotidiano da vida dos casais. O que muda é o que é feito após algum contratempo.
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O término do relacionamento nunca deve ser a primeira opção. Ele deve ser feito apenas quando realmente a situação ficou insustentável ou quando o relacionamento perdeu o interesse por alguma das partes.
Vale lembrar que, não se deixa de gostar de alguém do dia para noite. Não se acorda no dia seguinte e lembra que não gosta mais do parceiro. Neste caso é algo que foi sendo cultivado durante algum tempo e muito provavelmente ignorado.
Superação do término
Tudo poderia ser mais fácil se o ponto final no relacionamento fosse apenas uma questão de opção e vontade, contudo, não é tão simples assim. A partir do término começará um novo ciclo, em que o abandonado terá que se acostumar a não mais contar com quem contava antes.
Sabe-se o quanto é dolorido para muitos isso, e essas questões de sofrer por amor são tão importantes que grupos foram criados para ajudar, como, por exemplo, o MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas).
Mas apesar de todos os términos traumáticos, não se deve entrar num casulo e não ter mais relacionamentos. Apesar de ser natural se basear em antigos relacionamentos para prever os futuros, deve-se experienciar mais a vida, repensar no que ocorreu de errado, mudar e não presumir que seu parceiro sempre quer fazer mal a você.
Se você está num relacionamento saudável, seu parceiro sempre será o que menos quer fazer algum mal a você. E se o parceiro o fez, a intenção por muitas vezes era outra. Mas aqui, vale lembrar, falar sobre isso é muito fácil, mas colocar em prática é complicado.
