Você sabe o que é assexualidade? Para a maioria das pessoas é muito comum praticar sexo e pode até parecer estranho quando alguém diz que não sente atração sexual por ninguém. Os chamados “assexuais” são denominados dessa forma porque não se interessam por sexo e não são afetados no dia a dia, mantendo uma vida normal. Por esse motivo, a condição não pode ser considerada uma disfunção sexual.
Libido canalizada
Uma pesquisa recente feita pelo Programa de Estudo da Sexualidade (ProSex), da USP, revelou que 7,7% das mulheres brasileiras e 2,5% dos homens entre 18 a 80 anos não sentem atração sexual por outras pessoas. Esses números não querem dizer que os assexuais não têm prazer, mas que a libido pode ser canalizada para outros campos, como o lado profissional, os estudos ou diversas atividades.
Assexuais sentem prazer
Essa condição permite que a pessoa tenha outros tipos de envolvimento em um relacionamento. Eles não sentem atração sexual, mas gostam de estar perto de pessoas, conversar e abraçar. Sozinho ele pode sentir vontade de tocar o próprio corpo e se masturbar, a questão é a relação sexual com outra pessoa.
Assexuais se relacionam
O fato de não praticar sexo não quer dizer que os assexuais se afastam de possíveis relacionamentos. Para eles há outras maneiras de expressar o amor que sentem pelos parceiros, seja através de palavras ou atitudes. O importante é que os dois envolvidos concordem com a situação. Geralmente, pessoas assexuais preferem estar com alguém que tenha os mesmos conceitos e opiniões.
Assexualidade não é doença
Não gostar de sexo está longe de ser uma doença (que geralmente precisa de tratamento), já que a pessoa vive bem dessa maneira. A falta de interesse pelo sexo não se dá por conta de um trauma de infância ou abuso, mas sim porque a pessoa nasceu assim. O sexo apenas não faz parte da sua área de interesses na vida.
É importante ressaltar que assexuais sofrem preconceito e são julgados pela sociedade, porque o sexo é algo supervalorizado e superestimado e a falta dele significa (para a maioria) fracasso, solidão e tristeza. Por isso, evite julgamentos e preconceitos.
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Acesso à informação
Por conta da falta de debates sobre o assunto, hoje a internet facilitou o acesso à informação e muitos assexuais acabaram descobrindo sua orientação sexual através de grupos de apoio, discussões nas redes sociais e até por matérias e artigos que explicam um pouco mais como é conviver com o “não desejo sexual”. É também uma maneira de encontrar semelhantes, se sentir mais confortável consigo mesmo e saber que não está sozinho.
Para explorar ainda mais a condição e poder ampliar as conversas com assexuais, o americano David Jay criou em 2001 a AVEN – Asexual Visibility And Education Network, que hospeda a maior comunidade assexual online do mundo e reúne arquivos de recursos sobre assexualidade. A instituição já é considerada a mais completa no assunto.