“Mesmo para profissionais experientes, o tratamento de dentes portadores de alterações em sua morfologia representa um desafio, sendo que em muitos casos a única alternativa terapêutica é a extração”. Iniciei essa nossa conversa com esse texto que é de um grande pesquisador dentro da área odontológica. Mas precisamos entender que a odontologia mudou bastante e muitos casos já podem ser resolvidos sem a exodontia, um deles é a Fusão dentária.
A Fusão, ao contrário da geminação, se dá pela união de dois germes dentários, podendo ser completa ou incompleta dependendo do estágio do desenvolvimento dental no momento em que ela ocorre.
Quais as características desses dentes?
– O dente fusionado apresenta-se como uma única estrutura dental grande e parece ter tendência hereditária.
– Algumas vezes, pode-se observar duas câmaras pulpares (o local aonde o nervo fica inserido) e condutos radiculares independentes.
– A dentina é compartilhada entre as duas coroas de dentes.
– Não existe esmalte e cemento entre as dentinas no local da união.
– Quando a união se dá por dois germes ( o que forma o dente) da dentição permanente ou decídua (de leite), o paciente aparenta ter perdido um dente.
– Normalmente acontece com dentes anteriores (dentes da frente).
Porém, nos casos em que a união se dá com um germe de um dente supranumerário (dente a mais, que não deveria existir e não tem função na boca), o número de dentes não é afetado.
Como diferenciar Fusão de Geminação?
Isso é uma grande complexidade até mesmo para os dentistas mas de maneira bem simples podemos dizer que:
– A geminação apresenta um único conduto radicular e duas câmaras pulpares e na fusão observa-se dois condutos e duas raízes. Vamos falar ainda mais sobre Geminação na próxima conversa de hoje.
Dentes que apresentam alterações no tamanho devem receber atenção especial por parte do dentista com a finalidade de evitar complicações nos mais variados procedimentos que mexem com a área perto da inervação (polpa).