O diabetes gestacional decorre de elevação do nível de açúcar no sangue durante a gravidez – sem que haja necessariamente um diagnóstico anterior relacionado. Ocasionado pelas alterações hormonais das gestantes, o quadro deve ser controlado com orientação de um médico e uma nutricionista e é comumente revertido após a gestação.
O que é o diabetes gestacional
As alterações hormonais durante a gravidez são as culpadas. Mediante o aumento hormonal desse período, o pâncreas materno aumenta a produção de insulina para que haja a compensação. Entretanto, em algumas mulheres, o processo não ocorre da maneira esperada resultando em um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue.
Testes para detectar o diabetes gestacional devem ser feitos a partir do início do sexto mês de gravidez. Foto: Shutterstock
Sinais da diabetes gestacional
A pesquisa indicativa de diabetes gestacional é recomendada para todas as gestantes, já que ela pode ocorrer em qualquer mulher grávida. Além disso, fatores predeterminantes de ocorrência devem ser levados em conta, como idade materna mais avançada – ou seja, acima dos 25 anos -, ganho de peso excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade antes de engravidar.
Além disso, são também considerados sintomas indicativos, problemas como síndrome dos ovários policísticos, tiver dado à luz um bebê com mais de quatro quilos ou com algum defeito de nascença, história familiar de diabetes em parentes ou histórico materno de diabetes gestacional, hipertensão arterial, histórico de abordo espontâneo, gestação múltipla – ou seja gravidez de gêmeos. É frequente que o nível de açúcar no sangue estabilize após o fim da gestação.
A indicação é que testes sejam feitos a partir do início do sexto mês gestacional. Um dos testes é o chamado teste oral de intolerância à glicose, que consegue prever o diagnóstico de diabetes gestacional. Sintomas sutis, apesar de serem também indicativos de outras doenças, devem ter atenção no período de gestação, entre eles: visão borrada, cansaço excessivo – além do já decorrente da gravidez, quadros infecciosos frequentes, principalmente no aparelho reprodutor e excretor como bexiga e vagina.
As infecções indicativas de diabetes gestacional também podem aparecer na pele. Também é perceptível um aumento da sede, bem como o aumento da micção – a mulher vai ao banheiro ainda mais vezes do que o considerado normal no segundo trimestre de gravidez. Náuseas e vômitos voltam a aparecer mesmo passado o primeiro semestre – o mais crítico para essa decorrência. O apetite aumenta, enquanto o peso diminui.
Tratamento
Após o diagnóstico adequado, a doença deve ser controlada por meio de um teste de nível de glicose. Essa avaliação pode ser feita em casa, utilizando apenas uma gota de sangue e um aparelho específico para esse fim.
Com os dados obtidos através do teste, pode ser realizado o controle da diabetes gestacional. Nesse processo, é fundamental que haja uma orientação nutricional adequada. Indica-se, portanto, a consulta a um nutricionista, que irá controlar a ingestão necessária de cada nutriente conforme necessidades da paciente e, assim, evitar qualquer problema relacionado.
Em muitos casos, atividades físicas também podem ser uma alternativa recomendada. Antes de ingressar na prática de qualquer exercício ou treino, porém, a grávida deve ser orientada pelo médico, a fim de obter uma avaliação completa do tipo de esforço possível e de qualquer limitação de movimentos e modalidades.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
