Pesquisas recentes confirmam que houve um aumento significativo no número de pais que ficam em casa, cuidando de seus filhos, nos últimos anos. Os estudos também apontam como tendência o crescimento destes índices. Cada vez mais, os pais se interessam pelo cuidado com a família e são mais participativos nas responsabilidades domésticas, o que representa as mudanças na estrutura familiar atual.
Cresce índice de pais que ficam em casa
O instituto americano Pew Research Center comprovou, através de uma pesquisa, que a quantidade de pais que ficam em casa hoje é 16% maior do que há cerca de 20 anos. Mas nem por isso a visão da sociedade sobre isso mudou. Muitos ainda consideram esta atitude errada, anormal e julgam que conviver mais com os pais pode ser prejudicial para os bebês.
Diferenças na abordagem educacional
É inegável que a criação dada pelos pais é diferente daquela que é atribuída pelas mães, a começar pelo fato de que são indivíduos diferentes, com forma de pensar e agir diferentes. A isso, soma-se o fato de que a diferença entre os sexos também é relevante. Mas nem por isso crianças que ficam mais tempo com os pais terão, necessariamente, algum tipo de defasagem.
Os homens têm uma tendência natural a assumir riscos e a encorajar a independência nas crianças. Pais que ficam em casa realizam com seus filhos brincadeiras mais físicas, que lidem com coordenação motora, por exemplo. No caso das mães, o lado emocional é mais trabalhado e a parte linguística fica mais desenvolvida.
Uma pesquisa da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que as crianças criadas pelos pais são menos ansiosas quanto a sua identidade sexual quando chegam na adolescência. Isto porque, o tipo de tratamento aferido pelos pais os leva a se sentirem mais confortáveis quanto a si mesmas como indivíduos.
Mitos sobre os pais que ficam em casa
Um dos julgamentos sobre os cuidados masculinos gira em torno do fato de que os homens supostamente não seriam biologicamente preparados para cuidar de crianças, o que não é verdade.
Existem, em níveis iguais, homens e mulheres que não têm estabilidade emocional ou habilidade para cuidar de crianças, mas isto muda de um indivíduo para o outro. Além disso, a criação de um filho é algo que só se aprende na prática.
Há também um mito alegando que crianças cuidadas por pais que ficam em casa têm tendência a desenvolver mais problemas de saúde. Porém, estudos sobre este assunto mostram que o envolvimento dos pais facilita o aprendizado do filho durante a fase escolar, e melhora a capacidade de relacionamento na adolescência.
Se há alguém que pode sair prejudicado nesta situação é o próprio pai. Isto acontece porque homens costumam guardar os problemas e as situações incômodas para si. Diferentemente das mulheres, eles não dividem o que lhes angustia.
Há estudos que mostram que pais que ficam em casa são mais propensos a ter hipertensão. A solução para isso é encontrar momentos de relaxamento, como um momento a dois com a esposa ou passeios com amigos.
A situação de ter pais como donos de casa ainda é atípica, mas está em franco crescimento. A aceitação disto como algo comum depende do planejamento que cada família fará sobre o cuidado dos filhos. O segredo para que isto funcione é enxergar os diferenciais que a criação paterna pode propiciar e sempre escolher o que for melhor para todos, sem se importar com juízos preconcebidos.
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