Quando se fala em lesão cerebral, a tendência natural é de uma reação de desespero. No entanto, é preciso entender que tudo depende do tipo de lesão para que possa ser previsto um tempo de recuperação. Nesse período é que começa o trabalho de reabilitação do paciente, que por vezes pode necessitar de ajuda pela vida toda.
Em um primeiro momento, a preocupação médica consiste em amenizar os efeitos no tecido cerebral, por meio do controle de hemorragias. Por vezes, coágulos são removidos para reduzir a pressão intracraniana. Passado esse período delicado no quadro, é preciso entender que recuperação não significa substituição do tecido cerebral.
Não existe nenhuma forma conhecida pela qual o cérebro poderá produzir novas células. No entanto, muitas coisas podem ocorrer no sentido de ajudar o tecido cerebral a recuperar as suas funções até o limite das suas possibilidades.
Novidades no tratamento da lesão cerebral
A comunidade médica iniciou a compreensão dos mecanismos através dos quais o cérebro se recupera das suas lesões. Um exemplo disso se dá na capacidade do tecido cerebral que não foi lesionado de aprender a desempenhar funções que eram desempenhadas pelas células que morreram.
Isso faz com que os tratamentos atuais se baseiem fundamentalmente na compreensão crescente desses mecanismos de regeneração cerebral a fim de proporcionar uma recuperação cada vez mais efetiva.
A finalidade da reabilitação de pacientes com lesão cerebral está fundamentada em ajudar a pessoa a atingir novamente um nível de cognição e bem-estar, reduzindo o impacto dos problemas causados pela lesão que possam interferir na vida e no cotidiano.
Um programa médico especializado na reabilitação da lesão cerebral em geral inclui alguns pontos como a psicoterapia, a terapia ocupacional, a fisioterapia, a hidroterapia, a terapia da fala, bem como grupos de suporte ou autoajuda e/ou orientação vocacional.
Este método apoia a recuperação do sujeito com lesão cerebral e a sua família. A principal função da reabilitação desses casos é ajudar o indivíduo a conseguir o máximo das suas capacidades por meio do uso de estratégias de compensação. A compensação dos déficits cognitivos é um dos principais objetivos que a reabilitação de quadros de lesão almeja.
Além disso, é importante entender que a recuperação de um quadro de lesão cerebral também depende muito do ambiente e da motivação do paciente – que, acima de tudo, deverá acreditar que pode e vai melhorar, e que deve lutar por si.
O papel dos médicos é importante, mas nesse momento a família se faz fundamental para essa transmissão de carinho, apoio, esperança e positividade. Esse contato é assimilado de forma positiva pelas partes do cérebro não afetadas e, ainda que pareçam simples, são extremamente eficientes na ajuda do processo de reabilitação do paciente.
Por isso, se você é familiar e não se sentir capacitado a dar força positiva e apoio ao seu familiar, é interessante que você procure auxilio terapêutico a fim de encontrar força e dicas para esse delicado momento.
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