Com certeza, você já deve ter passado por experiências amorosas e paixões, sejam elas as de infância, as de verão, as de carnaval ou as platônicas. Mas será que você já viveu um amor patológico, e não sabe?
Excesso de controle e abstinência podem significar relacionamento patológico. Foto: iStock, Getty Images
Este tipo de relacionamento é, na verdade, considerado uma doença que prejudica muita gente.
O amor patológico é uma doença porque é caracterizado pelo quadro de dependência de uma pessoa. Não por drogas ou álcool, mas sim por seu parceiro.
Pessoas com esse problema tendem a abandonar sua família, amigos e trabalho para viver exclusivamente e, inclusive, vigiar a pessoa amada.
Amor patológico e seus sintomas
Qualquer pessoa pode sofrer de amor patológico, porém pesquisas indicam que o transtorno é mais frequente no sexo feminino. As mulheres acima dos 30 anos são as que mais apresentam o problema, principalmente se não possuem um relacionamento fixo e mais antigo.
Pessoas com o psicológico mais vulnerável, com quadros de baixa autoestima e autoconfiança, além de crises de raiva e de rejeição são as mais propensas a desenvolver o problema.
Fatores ligados ao passado, como relacionamentos desastrosos ou ausência dos pais, podem ser uma das causas.
Estudos apontam que a relação da criança com os pais, nos primeiros dias de vida, poderá estabelecer se ela será um adulto com o distúrbio ou não.
Quando a pessoa tem uma primeira infância marcada pela oscilação de atenção e carinho da mãe e do pai, ela provavelmente será um adulto que exigirá mais atenção.
É importante salientar que as relações patológicas não se limitam apenas às relações amorosas entre as pessoas, mas também atingem a convivência entre pais e filhos e com os amigos. São comuns os casos de pais obsessivos que querem os filhos só para si, e os de amizades exageradas e fechadas.
Para saber se você, seu parceiro ou alguém próximo sofre de amor patológico, fique atento aos seguintes sintomas:
1. Agrados
A pessoa que sofre do distúrbio busca sempre agradar a outra, deixando de lado o seu bem-estar.
2. Excesso
Existe preocupação excessiva com o outro.
3. Abstinência
Com o distanciamento ou separação do parceiro, a pessoa apresenta sintomas de abstinência, como suor sem explicação, ansiedade, taquicardia e angústia.
4. Cotidiano
Abandona as atividades do dia a dia para vigiar o amado.
5. Círculo social
Briga ou se distancia da família e dos amigos.
6. Controle
As medidas para deixar de controlar o outro são fracassadas.
Soluções para se livrar do amor patológico
Geralmente, a pessoa que sofre de amor patológico só admite a doença com o fim do relacionamento. Nestes casos, a maioria procura a ajuda psicológica ou psiquiatra para tratar o problema. Esse é o melhor tratamento, mas é preciso procurá-lo e segui-lo corretamente para evitar recaídas.
Buscar ajuda médica no desespero de recuperar a pessoa amada não é o melhor caminho. É fundamental admitir a doença e mudar, gradativamente, os hábitos durante e depois da terapia.
Para livrar-se do mal, procure fazer atividades que lhe tragam prazer, conheça-se melhor, não escolha parceiros para simplesmente preencher um espaço vazio e, principalmente, ame-se em primeiro lugar.
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