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Americano conta como venceu a artrite reumatoide com atividade física

Por Redação Doutíssima 22/03/2015

Há um ano, Andrew W., americano de 28 anos que hoje vive em São Paulo, sentia os primeiros sintomas de uma doença rara: a artrite reumatoide. Fortes dores na perna acometeram o jovem uma semana antes do seu casamento e inchaço no pé direito e a impossibilidade de caminhar surgiram um tempo depois.

Com o diagnóstico da artrite reumatoide – que pode provocar deformidades e alterações das articulações capazes de comprometer o movimentos – Andrew tomou uma decisão fundamental para a sua recuperação. Cansado dos fortes efeitos provocados pelos tratamentos que fazia, procurou uma academia de ginástica.

 

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Exercícios se tornaram a redenção na vida do jovem. Foto: Arquivo pessoal

Exercício aliviou sintomas da artrite reumatoide

Para vencer a condição, a rotina de medicamentos para controlar a dor foi substituída por uma vida mais saudável a partir do exercício físico. Isso foi importante para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade gerados pela artrite reumatoide do tipo soro negativa.

 

 

“Isso era impensável. Eu não conseguia mais andar, não tinha nem como trabalhar. Como fazer uma atividade física?”, lembra o jovem. Mas a decisão foi certeira. No primeiro dia de exercício físico, cinco minutos pedalando na bicicleta trouxeram um alívio significativo das dores.

 

A cada dia, ele aumentava o tempo de atividade. Em poucas semanas, começou a correr alguns metros na esteira. Hoje, ainda em fase de recuperação, a intensidade é maior: Andrew corre cerca de 15 quilômetros de três a quatro vezes por semana.

Atividade física alivia o estresse

Trabalhando em uma multinacional do ramo de recrutamento profissional, o americano conta que incluir o exercício não modificou a rotina na empresa. “Continuo trabalhando de 10 a 12 horas por dia, mas o que mudou foi a minha cabeça. Percebi que a atividade física é essencial para aliviar o meu estresse. Eu corro para não adoecer”, constata.

Para ele, o esporte faz um efeito no organismo que nenhum medicamento proporciona. “Se eu não cuidar do meu corpo, não vou conseguir encontrar saída para os outros problemas”, conclui.

Mesmo com a atividade física na lista das tarefas do dia, Andrew tem metas ainda maiores: correr cinco quilômetros em 25 minutos.

“Sei que esse tempo não é um mega desafio, mas temos que ter metas reais. O maior objetivo tem que ser encontrar algo que nos dê paz, bem-estar. A corrida é o tempo que tenho para mim, fico comigo mesmo. Por isso ela me faz tão bem”, diz.

 

Além dos benefícios à saúde, o americano considera o exercício essencial para alcançar o sucesso profissional e pessoal. “Não conheço ninguém bem sucedido profissionalmente que não pratique algum tipo de atividade física”, salienta.

Entenda a artrite reumatoide

No caso de Andrew, a artrite reumatoide soro negativa – doença inflamatória crônica – foi desencadeada pelo estresse diário. O problema afeta as membranas sinoviais, uma camada fina de tecido conjuntivo, de múltiplas articulações. Mãos, punhos, joelhos, ombros e coluna cervical são algumas das articulações que podem ser prejudicadas.

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Doença afeta as membranas sinoviais e tem impacto direto nas articulações. Foto: iStock, Getty Images

Em pessoas geneticamente predispostas, a artrite reumatoide também pode afetar órgãos internos, como pulmões, coração e rins. Quanto mais cedo se dar o diagnóstico e o tratamento, melhor o prognóstico.

A cura definitiva, que pode ser soro positivo ou negativo, ainda não é conhecida pelos médicos, mas é possível alcançar a remissão dos problemas e preservar a capacidade funcional.