Superbactérias têm um nome que não parece assustador, mas ao ouvir esse termo é preciso ficar atento, principalmente se você estiver doente. Assim são chamados os micróbios que causam doenças e que são resistentes aos medicamentos disponíveis no mercado da saúde.
Infecções hospitalares são a quarta maior causa de morte no mundo, atrás de doenças cardíacas, câncer e violência, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). Conhecer as causas, saber como evitar e entender como funcionam essas enfermidades é o primeiro passo para a prevenção coletiva.
Por que temer as superbactérias?
Em junho de 2015, o governo brasileiro apresentou um plano de medidas para combater o surgimento de superbactérias na rede de saúde, com o intuito de evitar o surgimento de um surto. Na época, três hospitais e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), todos em Brasília, apresentaram casos de infecções resistentes aos tratamentos disponíveis.
Em hospitais e ambientes onde a contaminação pode se alastrar, o Ministério da Saúde do Distrito Federal recomenda a higienização das mãos com álcool. Funcionários, profissionais da saúde, acompanhantes e visitantes podem evitar o alastramento com esse simples ato.
Conforme a OMS, as superbactérias são uma preocupação a nível global porque ameaçam os tratamentos de doenças infecciosas, resultando em morte ou comprometimento da qualidade de vida dos pacientes.
Sem o desenvolvimento de drogas capazes de combater esses organismos, a cura ou melhora de uma doença pode se tornar um procedimento de alto risco para o doente.
Superbactérias são resistentes
De acordo com um estudo publicado pela OMS, os micróbios (bactérias, parasitas, fungos e vírus) se tornam resistentes por mutação ou ao adquirir informações genéticas de outros organismos para se tornarem mais fortes.
O órgão frisa que a resistência microbiana é um fenômeno natural, acelerado pelo uso errado de medicações. Quando um organismo infeccioso resiste ao tratamento, ele sobrevive e pode se agregar a outros micróbios, criando versões mais poderosas e fortes dele mesmo: as chamadas superbactérias. Conheça três dessas bactérias resistentes:
1. MRSA
Causa infecções no sistema respiratório e na pele.
2. KPC
Pode causar pneumonias, infecções no sangue e no sistema urinário.
3. NDM-1
Causa infecções na pele da pessoa acometida pela condição.
Como prevenir epidemias
O uso desenfreado de medicamentos antibióticos é uma das maiores causas do surgimento das superbactérias, que sobrevivem a tratamentos frequentes ou feitos de forma irregular.
A OMS alerta para as medidas que podem diminuir o uso de antibióticos, evitando que esses medicamentos deixem de ter efeito no combate a doenças.
Os principais passos para reduzir a necessidade de remédios desse tipo a nível mundial são: promoção e educação sobre higiene, acesso a água limpa e saneamento básico, controle de infecções em pontos de atendimento de saúde (hospitais, clínicas e postos) e vacinação da população.
Sobre o uso individual de antibióticos, a organização também sugere medidas que previnem a ineficácia desses medicamentos. Só se deve usar esses remédios quando prescritos por um médicos.
O tratamento deve ser feito como o profissional sugeriu (sem interromper mesmo em caso de melhora) e a sobra dos comprimidos ou do líquido não deve ser utilizada em outras ocasiões nem compartilhada com outras pessoas.
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