Mais conhecida popularmente como amigdalite, a tonsilite é um processo inflamatório ou infeccioso que atinge as tonsilas palatinas na garganta. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é mais comum entre crianças e adolescentes, causa dores e também o surgimento de placas e de pus.
Conforme o guia Antibióticos em Otorrinolaringologia Pediátrica, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a tonsilite é causada por vírus entre 40% e 50% dos casos. Em torno de um terço das ocorrências ocorrem por infecção de bactérias.
De 10% a 30% dos casos restantes têm causas desconhecidas. Em casos virais, o maior causador da tonsilite é o vírus da gripe (influenza).
Tonsilite nada mais é que a popular amigdalite, uma infecção na garganta. Foto: iStock, Getty Images
Inchaço, dor e vermelhidão nas amígdalas são os primeiros sintomas da tonsilite. Febre e mau hálito costumam acompanhar o desenvolvimento da doença. Pode ocorrer a formação de placas no céu da boca (palato) e nas região da garganta.
Diagnóstico e tratamento da tonsilite
Quando a tonsilite é causada por vírus, o tratamento recomendado pelo Ministério da Saúde é com o uso de anti-inflamatórios não hormonais. Quando a origem da doença é bacteriana, é necessário o uso de antibióticos.
A injeção do antibiótico penicilina benzatina, conhecido popularmente como benzetacil, é uma boa alternativa para o tratamento, segundo a SBP. Por ser uma injeção, a cura da tonsilite não corre o risco de ficar comprometida com o esquecimento de ingestão de comprimidos. Infelizmente essa medicação só é feita em hospitais e unidades de atendimento em saúde, não podendo ser administrada em casa.
Após consultar um otorrinolaringologista, o médico indicará a melhor opção de tratamento para o caso do paciente. Em muitas ocasiões são receitados medicamentos analgésicos como complemento para diminuição da dor e da febre.
Independente da variedade de tratamento, os remédios só podem ser recomendados por um médico. Antibióticos devem ser tomados conforme a prescrição, respeitando as doses, o intervalo entre a ingestão de um comprimido e outro e a duração indicada pelo profissional da saúde.
Em alguns casos de amigdalite por repetição ou obstrução das vias respiratórias, médicos recomendam a retirada das amígdalas por cirurgia. Entre 2010 e 2014, mais de 200 mil amigdalectomias foram feitas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Ao todo, 97% dos procedimentos foram feitos em pacientes com idade entre 0 e 19 anos.
Interromper tratamento para tonsilite é arriscado
Interromper um tratamento com antibióticos, seja em caso de tonsilite ou outras doenças, é prejudicial à saúde. Quando a bactéria não é eliminada por completo, há riscos de desenvolvimento de febre reumática, uma doença inflamatória autoimune, e nefrite, que é infecção nos rins.
A Organização Mundial da Saúde também alerta para o uso frequente de antibióticos, que causa mutação nas bactérias, tornando-as resistentes. Isso significa que a ingestão desse tipo de medicamento quando não há necessidade é igualmente prejudicial à saúde.
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