Clínica Geral

Minipílula: entenda como funciona e quais os prós e contras

Por Redação Doutíssima 26/08/2015

Quando se trata de controle de natalidade, as mulheres têm muitas opções a considerar. Uma delas é a minipílula, indicada para casos específicos, como após o nascimento do bebê ou quando há determinados problemas de saúde. A grande vantagem dela é possuir menor concentração de hormônios, sem perder sua eficácia.

 

Diferencial da minipílula

As pílulas anticoncepcionais são formas sintéticas dos hormônios progesterona e estrogênio, tomados por mulheres que querem evitar temporariamente a gravidez. Elas impedem a ovulação, mantendo estáveis os níveis desses hormônios – sem um pico de estrogênio, o ovário não consegue liberar o óvulo, eliminando a possibilidade de fertilização.

minipilula

Anticoncepcional com progesterona pode ser alternativa durante a amamentação. Foto: iStock, Getty Images

Entre os muitos tipos de anticoncepcionais, há uma opção que pode ser um pouco diferente. Trata-se de um contraceptivo oral que contém apenas a progesterona, em quantidade inferior à da pílula contraceptiva tradicional. A minipílula, como é chamado, atua no muco cervical e impede o esperma de alcançar o óvulo. Às vezes, ela é capaz também de suprimir a ovulação.

 

Para que tenha eficácia máxima, é preciso tomá-la diariamente no mesmo horário, com atraso máximo de três horas. Uma pesquisa realizada pela empresa americana Harris Interactive revelou que mais de oito em cada dez mulheres que usam a pílula de progesterona não conhecem essa tolerância de três horas após o horário normal de ingestão.

 

As vantagens do uso desse tipo de contraceptivo são:

– Diminuição do sangramento menstrual

– Diminuição de cólicas menstruais

– Prevenção contra riscos graves para a saúde, tais como doença inflamatória pélvica e câncer de ovário e endométrio

– É uma boa opção para as mulheres que não podem tomar estrogênio.

 

No entanto, essa pílula também possui desvantagens para a mulher. Confira:

– Alterações do ciclo menstrual

– Ganho de peso

– Mastalgia

– Sangramento entre os períodos

– Pode aumentar o risco de ter cistos ovarianos

 

Quando esse contraceptivo é indicado

O médico pode recomendá-lo para situações específicas. Durante muitos anos, pensou-se que o estrogênio das pílulas anticoncepcionais inibia a produção de leite materno.

Embora recente pesquisa da Universidade do Novo México, Estados Unidos, tenha concluído que ele não afeta a lactação, diversos profissionais de saúde e novas mamães confiam mais na minipílula para a amamentação.

 

Caso você tenha problemas como coágulos sanguíneos em pernas ou pulmões, o médico também pode recomendar a minipílula. Algumas mulheres ainda optam por ela porque preocupam-se com interações medicamentosas e efeitos colaterais das pílulas que contêm estrogênio.

 

Há algumas contraindicações. Mulheres que já tiveram ou têm câncer de mama, doença hepática, hemorragia uterina inexplicável, estão tomando medicamentos para a tuberculose, HIV / AIDS ou para controlar convulsões, devem evitá-las.

 

Como fazer para tomar a minipílula

Será necessária a indicação de um médico para usar esse método. Contanto que você não esteja grávida, é possível começar a tomar essa pílula a qualquer momento – de preferência no primeiro dia do seu período menstrual.

Antes que a pílula comece a fazer efeito, o profissional da saúde muitas vezes irá recomendar um método reserva de controle de natalidade – uso de preservativo, por exemplo.

 

Caso esteja migrando de uma pílula contraceptiva combinada para a minipílula, comece a tomá-la um dia depois de ingerir  o último comprimido do anticoncepcional tradicional.

 

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