Em 6 de setembro, celebra-se o Dia Internacional de Ação pela Igualdade da Mulher. A busca por direitos iguais, independente do gênero, continua a ser uma das questões mais complexas que confrontam mulheres e homens em todo o mundo.
A ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas dedicada a alcançar a emancipação e os direitos iguais para as mulheres, é um dos órgãos que visam abordar essa desigualdade onde quer que ela exista através de seu trabalho com governos, sociedade civil, ONGs e grupos populacionais.
Um de seus programas inovadores é a campanha ElesPorElas, que se destina a engajar homens na luta pela igualdade de gênero.
Direitos iguais: por que eles são necessários?
A desigualdade de gênero é uma das violações mais persistentes e graves dos direitos humanos no mundo. Embora muito tenha sido alcançado por ativistas dos direitos das mulheres, o progresso tem sido desigual.
Iniciativas como o Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher visam alertar para esse problema, criando ações que estimulem pessoas a discutir o tema. Houve muito progresso nos últimos 30 anos, mas ainda há muito a ser feito.
O uso continuado da igualdade de oportunidades é necessário para ajudar na quebra de barreiras quanto às oportunidades e garantir que todas tenham a chance justa de demonstrar seus talentos e habilidades.
Atualmente, as disparidades de gênero são verificadas em salários, tipos de empregos e setores de trabalho. Um estudo divulgado no Journal of the American Medical Association mostra que médicos do sexo masculino ganham 25% a mais do que as do sexo feminino.
No entanto, as desigualdades não são apenas no campo profissional: ainda há casos de mulheres que são obrigadas a casamentos forçados ou até mesmo mutilações.
Ação alerta para o problema
Lançada em 2014, a ElesPorElas (ou HeForShe, em inglês) é uma ação da ONU Mulheres que visa mobilizar um bilhão de homens ao longo de 12 meses, buscando derrubar barreiras sociais e culturais. A embaixadora da boa vontade dessa ação é a atriz Emma Watson.
Desde o lançamento, o projeto já juntou 349.236 mil homens. A ideia é incentivá-los a apoiar os direitos iguais e a defender os direitos da mulher.
No Brasil, a ação iniciou em junho de 2015 com o nome de a “Eles Por Elas”. A iniciativa conta com o apoio do canal GNT e do Comitê Nacional Impulsor Brasil ElesPorElas, composto por empresas, governos, universidades, sociedade civil, mídia e homens públicos.
Violência contra mulheres e meninas
A violência contra mulheres e meninas é uma questão global, já que uma em cada três já experimentou algum episódio, segundo um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine em 2013. As estatísticas mostram que o agressor é geralmente alguém que a mulher conhece – 38% de todas as mulheres assassinadas são mortas por seus parceiros íntimos.
A Lei Maria da Penha, criada no Brasil para combater a violência doméstica, é pioneira no mundo na defesa dos direitos das mulheres, segundo um relatório da ONU. Porém, ainda há muito o que se fazer.
De acordo com o Instituto Patrícia Galvão, organização social sem fins lucrativos voltada à comunicação e aos direitos das mulheres, em 2014 a Central de Atendimento à Mulher realizou 485.105 atendimentos, uma média de 40.425 atendimentos ao mês e 1.348 ao dia. Desde a criação do serviço em 2005, foram mais de quatro milhões de atendimentos.
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