Apesar de estarmos vivendo na era da informação, há muitos mitos circulando por aí quando o assunto é sexualidade. Um dos temais mais frequentes, principalmente entre os mais jovens, é sobre o ato de ejacular fora.
Isso ocorre quando o casal faz sexo desprotegido, sem camisinha, e o homem retira o pênis da vagina quando pressente a ejaculação.
Oficialmente chamado de coito interrompido, o ato de ejacular fora é considerado um método contraceptivo eficaz por quase 30% dos jovens, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Caixa Seguros, com acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Ejacular fora: mitos e verdades
Mas será que isso é verdade e ejacular fora não engravida mesmo? Separamos duas questões sobre o coito interrompido para você tirar suas dúvidas.
1. Ejacular fora não engravida
Mito. Ejacular fora da vagina possui baixa efetividade como contraceptivo, pois as secreções do pênis na fase de excitação podem conter espermatozoides vivos. Além disso, pode ser difícil conter a ejaculação.
Mesmo quando há o controle, é possível que alguns espermatozoides estejam na uretra devido à liberação do fluido pré-ejaculação (também conhecido como lubrificação) e com isso, a possibilidade de haver fecundação também existe.
Em comparação com a pílula anticoncepcional, que apresenta 0,1% de índice de falha, o coito interrompido possui 4% para casais que usam efetivamente esse método, segundo uma pesquisa feita com casais em Nova York.
2. Ejacular fora previne DSTs
Mito. A única proteção efetiva contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é o uso da camisinha. O ato de ejacular fora não fornece proteção. O líquido seminal pode carregar partículas de vírus ou bactérias que podem infectar o parceiro se este fluido entrar em contato com membranas mucosas, mesmo antes da ejaculação.
Ejacular fora e outros métodos de prevenção
O coito interrompido não é uma forma segura de prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Para prevenir DSTs e Aids o único método confiável é mesmo a camisinha. Para prevenir a gravidez, há diversas outras opções.
Os contraceptivos são divididos em grupos: métodos hormonais (pílula), cirúrgicos (laqueadura e vasectomia), de barreira (preservativos e diafragma) e métodos intrauterinos (DIU). Todos possuem seus prós e contras.
No método hormonal, as pílulas são um dos contraceptivos mais comuns e escolhidos pelas mulheres. Já os métodos cirúrgicos incluem a laqueadura (ligadura das trompas da mulher) e a vasectomia (ligadura do ducto deferente dos homens). Dependendo a técnica utilizada, não podem ser revertidos.
Há também os métodos de barreira. Os preservativos são indicados para todas as mulheres, mesmo que já façam uso de outro método contraceptivo, pois também previnem o contágio de DSTs. Isto vale tanto para o preservativo masculino quanto o feminino.
O diafragma é um dos métodos contraceptivos de barreira utilizados no Brasil. Ele é um anel flexível coberto de silicone que é colocado pela mulher dentro da vagina.
Entre os métodos intrauterinos destaca-se o DIU, uma peça de cobre colocada por um especialista que impede o transporte do óvulo, a migração dos espermatozoides e provoca irritação no endométrio, não deixando o óvulo se fixar.
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