Hipotireoidismo subclínico é uma forma branda da disfunção na glândula tireóide. A doença é mais comum em mulheres e idosos e há estudos que apontam a relação entre esse problema com alterações cardíacas.
Entenda o hipotireoidismo subclínico
A tireoide é uma glândula localizada na região da garganta e que produz hormônios que regulam as atividades metabólicas do organismo. A produção exagerada dessas substâncias causa o hipertireoidismo e a falta delas o hipotireoidismo. Ambas situações impactam na saúde.
Mas para produzir seus hormônios, a tireoide precisa receber um sinal de outra glândula, a hipófise, que produz uma substância chamada de TSH. Ela envia então sinal para que a primeira coloque em produção a quantidade necessária de carga hormonal para o organismo.
O hipotireoidismo clínico é quando a tireoide está produzindo a quantidade normal das substâncias, mas a custo de um nível elevado de TSH. Isso indica que a hipófise precisa de estímulo a mais para que a glândula continue no seu ritmo normal.
O hipotireoidismo subclínico é uma precondição para o hipoterioidismo e pode progredir até que a glândula seja totalmente incapaz de produzir qualquer hormônio. Por ser mais leve, muitos portadores da disfunção mais branda não sabem que possuem deficiência hormonal.
Diagnóstico e tratamento
O hipotireoidismo subclínico muitas vezes não causa sintoma algum, sendo apenas detectado através de exames de sangue. A predisposição da doença aumenta com a idade e é mais frequente em mulheres.
O Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia aponta que alguns países já possuem diretrizes oficiais de tratamento e abordagem clínica da doença, mas o Brasil ainda não possui um guia oficial de conduta em relação ao hipotireoidismo subclínico.
Alguns sintomas são perceptíveis em casos da doença. Cansaço, depressão e a falta de vontade para realizar qualquer tarefa podem ser indícios de um distúrbio hormonal na tireoide.
O tratamento para esse problema de saúde é definido de acordo com as chances da situação progredir para o hipotireoidismo franco (quando não há mais produção hormonal alguma). Moduladores de humor podem ser recomendados para combater os sintomas, mas não há garantias de que funcione em todos os pacientes.
Como o hipotireoidismo subclínico pode afetar o metabolismo e deixá-lo mais lento, essa questão também deve ser avaliada como parte do tratamento. Apenas um médico poderá indicar se há aumento de peso causado pela doença e se há necessidade de combater esse problema com medicação.
Por fim, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia menciona estudos que revelam o aumento de chances de problemas cardíacos em portadores de hipotireoidismo subclínico. Após o diagnóstico da doença, é ideal fazer um acompanhamento frequente com profissionais da saúde para se certificar de que está tudo bem com o sistema cardiovascular.
A recomendação de prevenção do hipotireoidismo subclínico é de que todas as pessoas acima dos 45 anos façam o exame que detecta esse tipo de alteração. A doença ainda pode aparecer durante a gravidez, então gestantes também devem se prevenir realizando o teste para o problema.
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