Não há dúvidas de que o sabor da carne suína é de dar água na boca. Apesar disso, ela gera efeitos tanto benéficos quanto maléficos para o organismo. A boa notícia é que você não precisa abrir mão do alimento no dia a dia, desde que o consumo seja feito com moderação e cautela.
Desde a escolha da carne à preparação das receitas, é necessário adotar alguns cuidados. Dessa forma, é possível aproveitar os benefícios do alimento, sem deixar que ele traga danos à saúde. Ficou interessado? Saiba como incluí-lo no cardápio.
Benefícios e malefícios da carne suína
Os efeitos da carne suína no corpo variam conforme é consumida: “Geralmente, é uma carne rica em gordura, mas, dependendo do corte e da forma de preparo, tem baixa quantidade de gordura e calorias”, explica a nutricionista clínica e estética Juliana Marion.
De acordo com ela, normalmente a gordura é vista como vilã para a saúde, mas é necessária em pequena quantidade para a formação de membranas celulares e hormônios. Além disso, a nutricionista menciona que o alimento é fonte de proteínas essenciais para a reconstituição das fibras musculares e para a formação de novas células.
Os benefícios não param por aí. “A carne suína é rica em vitaminas do complexo B, especialmente a B1 (tiamina), que está relacionada à assimilação dos carboidratos. Ela também contribui para o sistema nervoso e neuromuscular, já que participa da transmissão dos impulsos nervosos e atua como bloqueador dos canais de potássio em células nervosas”, ressalta Juliana.
Entretanto, quais são os malefícios da carne de porco? A nutricionista alerta que, se consumidas as partes mais gordurosas, como a costeleta e o bacon, em quantidades maiores do que o indicado, o alimento pode elevar o colesterol e triglicerídeos. Juliana acrescenta: “Além de essas partes conterem alto teor de gorduras, são calóricas, levando ao aumento do peso corporal”.
Como consumir carne suína
No cotidiano, é essencial fazer escolhas saudáveis em relação ao consumo da carne suína. Segundo Juliana, para incluí-la na alimentação, o ideal é preferir receitas que não agreguem gorduras e calorias. Por isso, aquelas que são fritas em grandes quantidades de óleo ou que levam ingredientes mais pesados, como o bacon, devem ser evitadas.
Além disso, tenha em mente: para uma alimentação balanceada, os excessos são ruins. Em relação à carne de porco, não é diferente. “O ideal é consumir no máximo quatro vezes por semana. Uma porção de 100 gramas é uma quantidade equilibrada”, salienta a nutricionista.
Cuidados com o bacon
Em relação ao consumo de bacon, um cuidado extra é necessário. De acordo com os resultados de uma pesquisa da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (Iarc), alimentos embutidos – entre eles o bacon comum – são agentes cancerígenos, já que foram classificados como Grupo 1. O estudo foi embasado por mais de 800 artigos.
Segundo a pesquisa, o consumo de 50 gramas de embutidos diariamente aumenta o risco de câncer em 18%. Por isso, a ingestão desses alimentos deve ser feita com moderação, afinal, se consumidas em pequenas quantidades e não todos os dias, não são prejudiciais.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco consiste nos conservantes e corantes incluídos ao longo do processamento das carnes. Nessa hora, o bacon artesanal é uma alternativa, mas também deve ser incluído na alimentação sem exageros.
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