Você sofre de ansiedade e tem medo de encarar certas circunstâncias, mesmo que elas não pareçam apresentar nenhum perigo para outras pessoas? Sente tonturas e a sensação de asfixia com frequência? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sintomas como esses podem indicar uma crise ou transtorno de pânico.
Outros indícios da doença podem ser taquicardia, suor, tremor ou a sensação de que vai desmaiar, morrer ou perder o controle. No entanto, esses sintomas não são isolados e o diagnóstico só costuma acontecer quando o médico vê em seu comportamento uma característica essencial, que ocorre de maneira imprevisível.
Ou seja, essas crises não acontecem exclusivamente numa situação, nem tampouco em circunstâncias determinadas – a não ser que você desenvolva, o que os especialistas chamam de crise situacional.
Nesses casos, o paciente tem seus ataques de pânico sempre relacionados ao primeiro incidente. Por exemplo, se você teve sua primeira crise no trânsito, é provável que todas vez que entre em um carro e pegue a estrada sinta um novo ataque.
Fatores que geram a síndrome do pânico
Conhecidos os principais sintomas e como acontecem as crises, você pode pensar o que leva a desenvolver essa doença. De acordo com o levantamento de médicos e estudos de caso, grande parte das pessoas que tem síndrome de pânico possui uma característica genética.
Filhos de pais que tiveram crises de ansiedade tem até até sete vezes mais chances de desenvolver a doença do que pessoas que não têm parentes com pânico. Porém, assim como todas as doenças psiquiátricas, o transtorno do pânico é uma junção de fatores genéticos e ambientais.
Precisa ter uma série dessas condições para que a doença desenvolva, envolvendo até questões orgânicas. Pessoas que têm hipotiroidismo podem ter pânico, assim como aquelas que usam substâncias ilícitas, como anfetaminas e cocaína. Até quem consome uma grande quantidade de café pode ter mais propensão a desenvolver a doença.
Tratamento para o pânico
Presente entre 2% e 4% da população mundial, com a maior incidência no sexo feminino, segundo levantamento da OMS, os sintomas começam a se manifestar no final da adolescência e precisam ser imediatamente tratados.
A forma mais comum para cuidar desse distúrbio é o uso de medicamentos indicados pelo médico, além do acompanhamento do especialista. Em paralelo, são indicadas sessões de psicoterapia, que servem para que a pessoa consiga identificar o que permite que ela tenha essas crises.
Desta forma, ela possui condições de se preparar momentos antes de ter o ataque, melhorando, e muito, sua qualidade de vida. Além disso, incluir na rotina exercícios de respiração, técnicas de relaxamento como descansar a mente por alguns minutos durante o dia são fatores que influenciam consideravelmente no tratamento da doença.