A DNP, também conhecida como 2,4-Dinitrofenol, é um remédio para emagrecer. Como ela causa o aumento da temperatura corporal e do funcionamento do metabolismo, acelera a perda de peso de quem a consome. O problema é que o comprimido pode levar à intoxicação e não à toa é chamado de pílula perigosa.
Até cair nas graças de adolescentes e jovens em busca do corpo perfeito, o Dinitrofenol era usada para a fabricação de explosivos. Foi na década de 1930 que a DNP passou a ser utilizada para emagrecer. Por conta dos danos, acabou sendo deixada de lado na época.
Efeitos da pílula perigosa
Em casos de intoxicação, essa pílula perigosa faz a pele ficar quente e seca. O usuário sente excessiva sede e a transpiração aumenta de maneira considerável. O ritmo cardíaco dispara e a respiração passa a ser agitada. Quem lista as consequências é a nutricionista Rafaela Cremonese, ao acrescentar que existem outros efeitos colaterais
“Pode levar ao ponto de a pessoa apresentar neuropatia periférica, o que significa problemas no sistema nervoso, bem como gastroenterite (inflamação no estômago e no intestino), anorexia, catarata ou surdez permanente”, alerta ela.
Derivam ainda dos efeitos tóxicos da substância efeitos como confusão, agitação, coma, convulsão, hipertermia, taquicardia, sudorese, colapso cardiovascular e até mesmo à morte. Vale ressaltar ainda que não há nenhum antídoto para a intoxicação.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DNP foi responsável por mortes em vários países nos últimos três anos. Entre 2001 e 2010, 12 usuários morreram em decorrência do uso. No ano passado, a Interpol alertou 190 países a intensificação do consumo da DNP e descreveu a pílula perigosa como ilícita e potencialmente mortal.
Invista na reeducação alimentar
Para a nutricionista Alice Bayer Monteiro, a única maneira de obter qualidade na alimentação, peso saudável e resultado definitivo é a reeducação alimentar. “É impossível realizar dietas muito restritivas pelo resto da vida. O corpo não aguenta”, pondera.
A forma de iniciar esse processo é ir melhorando aos poucos. Beba mais água e deguste frutas e vegetais. À medida que já está mais acostumado com essas mudanças, acrescente outras alterações, como os cereais integrais e carnes magras. Então, vá retirando comestíveis industrializados, ricos em gordura, açúcar e aditivos químicos.
“Nem sempre é fácil modificar comportamento. Leva tempo e é necessário determinação e força de vontade. É importante aprender a não descontar as emoções na comida. Se comemos por ansiedade, tristeza ou preocupação, certamente será mais do que o físico precisa, e então o ganho de peso é certo”, analisa Alice.
O ideal é que o processo seja feito individualmente e com orientação de um profissional. Deve-se levar em conta o estilo de vida de cada um, a presença de doenças pré-existentes, fatores como idade, atividade física e avaliação nutricional.
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