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Número de crianças obesas no mundo é preocupante, afirma OMS

Por Redação Fortíssima 27/01/2016

A sobrepeso infantil é uma realidade mundial e tem despertado a preocupação das autoridades médicas. Há pelo menos 41 milhões de crianças obesas no planeta, segundo apontou relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O cenário foi definido pela instituição como um pesadelo explosivo.

A preocupação não acontece à toa. De 1990 para cá, esse número aumentou em 10 milhões. Atualmente, os chamados países em desenvolvimento são os que apresentam os maiores índices de crianças de até cinco anos acima do peso.

Estima-se que que quase metade dos menores obesos estejam na Ásia e outros 25% na África. Entre os principais motivos apontados pela OMS como causa para esses dados alarmantes estão a falta de regulamentação no comércio de alimentos e bebidas calóricos, atores biológicos e a diminuição de atividades físicas em escolas.

No Brasil, número de crianças obesas preocupa

No Brasil, a realidade não é muito diferente daquela apresentada pela OMS. A estimativa é de que 7,3% das crianças com até cinco anos estejam com excesso de peso – esse número cresce para 33,5% quando a faixa etária fica entre cinco e nove anos.

O levantamento foi feito em 2015 pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O panorama preocupa especialmente porque o crescimento no número de brasileiros com sobrepeso é geral. Ou seja, atinge todas as regiões do país, com abrangência em todas as faixas etárias.

No país, um dos problemas evidenciados é que a melhoria da condição de renda da população não implicou em uma melhor qualidade na alimentação. Mesmo com poder aquisitivo, as pessoas acabam consumindo produtos industrializados e com alto índice de sódio, açúcar e gordura saturada.

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Uma alimentação saudável ajuda a evitar a obesidade infantil. Foto: Shutterstock

Combatendo a obesidade infantil

Com dados globais tão preocupantes, o que fazer para mudar essa realidade e ter mais crianças saudáveis? A saída é adotar uma estratégia de reeducação alimentar, com refeições equilibradas e saudáveis. Confira algumas dicas da nutricionista Marcia Nacif para evitar índices ainda mais altos de crianças obesas:

  • Ter de cinco a seis refeições por dia. Elas devem incluir o café da manhã, lanches, o almoço e o jantar. É importante estabelecer e respeitar o horário para se alimentar
  • Consumir diariamente cereais integrais, frutas, verduras e legumes, ótimas fontes de calorias, minerais, vitaminas hidrossolúveis e fibras
  • Apreciar com moderação. Consumir sal e salgadinhos de forma moderada, para a prevenção de hipertensão arterial
  • Evitar o consumo de alimentos não saudáveis, como refrigerantes, sucos industrializados e guloseimas (chocolates, balas, sorvetes, bolachas recheadas e bolos)
  • Estar atento à alimentação fornecida pelo colégio ou às opções de lanches que são vendidos na escola e nas proximidades
  • Deixar de lado o hábito de comer assistindo televisão. O lugar para as refeições é a mesa.

Para que a reeducação funcione, tais atitudes devem ser seguidas inclusive em datas festivas como Natal, Ano Novo, Páscoa, entre outras. Também é fundamental contar com o trabalho em conjunto de psicólogos e pediatras, para apoiar a criança no que ela precisar. 

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