Sempre lembrada por sua beleza, a definição da mulher brasileira passa longe de apenas atributos físicos: garra, força e determinação estão entre as suas principais virtudes. Hoje elas são chefes de família, ocupam lugar de destaque no mercado de trabalho e exigem liberdade.
Por outro lado, os desafios ainda são muitos. Entre desigualdades e altos índices de violência, o Dia Internacional da Mulher não é mais marcado apenas por homenagens e flores. Elas também pedem mais respeito.
Quem é a mulher brasileira?
É impossível definir uma única faceta da mulher. Elas são tantas e tão variadas que a tarefa parece quase impossível. Mas o que todas têm em comum? Umas mais e outras menos, mas precisam lutar para conquistar seu espaço de trabalho, um salário justo e direitos iguais.
A mulher brasileira do século 21 é menos conservadora e se empenha em trabalhar, cuidar da casa e dos filhos – independente de ter ou não um companheiro. É isso que aponta um levantamento do Instituto Data Popular, divulgado no início de 2015. Segundo o estudo, o Brasil tem 67 milhões de mães – 31% delas solteiras e 46% delas trabalhadoras.
Os percentuais conversam com os dados da Síntese de Indicadores Sociais, também apresentada em 2015 pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa apontou que 27,7 milhões de lares são chefiados por mulheres.
Entre 2004 e 2014, a quantidade de famílias que têm a mulher como pessoa de referência aumentou em 67%. O percentual da população feminina que trabalha fora de casa, evidentemente, também cresceu. O aumento foi de 21,9% na última década.
Não por acaso, no mesmo período foi registrada a entrada de nove milhões de mulheres em postos com carteira assinada. Mas a diferença de rendimentos entre os sexos ainda é expressivo.
De acordo com o IBGE, o rendimento das mulheres em postos formais foi de, em média, R$ 1.763 – cerca de R$ 530 a menos que o dos homens – em 2014. Segundo previsões da Organização Internacional do Trabalho, o tempo necessário para acabar com a desigualdade salarial será de 72 anos.
A mulher multitarefa do mundo contemporâneo também apareceu nas pesquisas. Segundo a constatação do IBGE, mesmo aquelas já empregadas ainda realizam mais tarefas domésticas que os homens. A estimativa é de que elas dediquem cerca de 21 horas semanais às tarefas do lar.
Combater a violência é o desafio
Ainda que alguns dados e discussões atuais apontem para o empoderamento feminino, é impossível ignorar que a realidade de muitas mulheres brasileiras ainda é a violência – e não apenas física.
Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, só nos primeiros dez meses de 2015, foram recebidas 63.090 denúncias de violência por meio do Ligue 180.
O número de denúncias é de uma a cada sete minutos. Do total, 49,82% delas faziam referência à agressão física e mais da metade dos relatos (58,55%) eram de mulheres negras.
Mas não é só no Brasil que a mulher ainda precisa brigar por seus direitos e combater atitudes violentas. No Afeganistão, por exemplo, elas não podem mostrar os tornozelos, rir em voz alta, usar salto ou maquiagem.
Já houve casos de punição como amputação de dedos por uso de esmalte. No Congo e nas Bahamas, o estupro cometido pelo marido da vítima não é considerado um crime.
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