Resultado de uma série de processos metabólicos que ocorrem no organismo, a homocisteína é um aminoácido naturalmente presente em nosso corpo. Quando em níveis alterados, no entanto, o composto pode ser associado a um risco maior de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e Alzheimer.
As doenças cardiovasculares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estão entre as principais causas mundiais de óbitos. No Brasil, cerca 300 mil pessoas morrem anualmente por conta delas. A média é de uma morte a cada dois minutos.
Segundo a nutricionista Maria Fernanda Elias, há evidências cada vez maiores de que a homocisteína – derivada do metabolismo das proteínas – atua como fator de risco para doenças coronárias. Por isso, é importante monitorar os níveis e garantir que sua concentração no corpo esteja adequada.
Riscos da homocisteína alta e baixa
A concentração de homocisteína presente em nosso organismo é produzida a partir da metionina, um aminoácido que pode ser encontrado em diversos alimentos, especialmente em produtos como carne vermelha, frutos do mar, laticínios e ovos. Ou seja, o composto não é adquirido pela alimentação, mas seus níveis estão diretamente ligados a ela.
Por meio da ação da vitamina B6, o composto se transforma em cisteína (outro aminoácido) ou então é convertido novamente em metionina, com a ajuda do folato e da vitamina B12. Esses compostos desempenham funções importantes no organismo, como a manutenção das ligações celulares e o metabolismo de metais – cobre, ferro e zinco.
Há indícios também de que a cisteína possua atividade antioxidante e hipoglicemiante. Por isso, diante de um histórico familiar de complicações cardiovasculares ou em estágios iniciais de doença cardíaca, o médico pode solicitar um exame de homocisteína para verificar a quantidade do composto no organismo.
O nível de homocisteína encontrada no sangue é influenciado pelo tipo de dieta alimentar e pelo histórico familiar. Quando os níveis estão abaixo ou acima do ideal, não há sintomas aparentes. Mas isso pode gerar complicações. No caso do excesso, há risco de formação de coágulos sanguíneos, fraturas ósseas, degeneração macular e outros problemas.
Já pessoas com homocisteína baixa apresentam menor potencial para combater o estresse oxidativo e os danos causados pela exposição diária a toxinas presentes no ambiente. Por isso, o ideal é tomar algumas precauções para manter os níveis desse composto químico adequados.
Nutrição ajuda a manter níveis de homocisteína
Como a produção de homocisteína é decorrente de um processo que ocorre a partir da alimentação, a nutrição é o melhor caminho para manter os níveis equilibrados. Segundo a nutricionista Maria Fernanda, há fortes evidências que o folato (vitamina B9), é capaz de reduzir as concentrações de homocisteína.
Por isso, o ideal para quem precisa reduzir os níveis é aumentar a ingestão de alimentos ricos em folato, como fígado, salmão, gemas, semente de abóbora, ameixas secas, feijão, lentilha e espinafre. Manter hábitos saudáveis também é importante: procure equilibrar a dieta, praticar exercícios e reduzir o consumo de cafeína e bebidas alcoólicas.
E você, sabe como andam seus níveis de homocisteína? Deixe um comentário!