No início dos relacionamentos, a atividade sexual costuma ser intensa e dominada pela paixão. Há quem acredite que com o passar do tempo a relação esfria. Mas não precisa necessariamente ser assim. Na verdade, tudo depende do casal. De acordo com a psicóloga Marina Vasconcellos, o sexo melhora com o tempo, pois a dupla adquire mais intimidade.
“Quando há maior intimidade, fica mais fácil falar abertamente sobre fantasias e vontades – e até realizá-las – sem medo do julgamento do outro. A história que o casal constrói faz com que se unam cada vez mais”, explica a especialista.
Entenda porque o sexo melhora com o tempo
De acordo com Marina, não há dúvidas de que o tempo pode estar a favor e não contra um relacionamento. “A intimidade gera um clima de cumplicidade e liberdade de expressão dos sentimentos e desejos”, acrescenta ela. É por isso que o casamento pode ser sinônimo de mais liberdade para fazer o que se quer na cama.
Além disso, acabamos conhecendo melhor o nosso próprio corpo com o passar do tempo. Assim, fica mais claro o que proporciona ou não prazer, do que gostamos ou não. As mulheres também tendem a ficar mais desinibidas e menos desconfortáveis. No processo de amadurecimento, passam a se importar cada vez menos com julgamentos.
O fato de conhecer melhor as preferências do parceiro e conseguir relaxar a mente na hora de curtir o sexo também são fatores que contribuem para que a relação melhore com o tempo. Tudo isso, em conjunto, ainda facilita o orgasmo, que sem dúvidas é o que torna o momento a dois ainda mais especial.
A principal dificuldade que os casais parecem encontrar, porém, é a falta de tempo para investir no sexo. Segundo a pesquisa Mosaico 2.0, conduzida por meio do Projeto Sexualidade (ProSex) da Universidade de São Paulo (USP), os brasileiros têm, em média, 2,9 relações sexuais por semana.
De acordo com o levantamento, porém, a expectativa dos brasileiros seria manter 5,5 relações por semana. Mas os principais obstáculos são as distrações do dia a dia: excesso de trabalho, preocupações com o orçamento doméstico e filhos pequenos. Como conciliar tudo isso e não cair na rotina?
Dicas para manter a chama acesa
De fato, manter uma vida sexual ativa exige dedicação. Conforme sustenta Marina, nosso modo de vida atual tem um ritmo diário exaustivo. “Mas temos que ter em mente que o amor deve ser alimentado sempre e ficarmos atentos a isso”, destaca.
A presença de filhos já diminui a frequência sexual, mas é preciso ter cuidado para que ela não seja totalmente escassa. Além de pais, ambos também devem se enxergar como um casal, que precisa de espaço e tempo.
Não há problema em deixar os filhos com alguém eventualmente para sair a sós, assistir filmes provocativos ou fazer algo diferente do normal. “Não podemos perder de vista aquele desejo delicioso que sentimos ao iniciarmos um relacionamento a dois. Para isso, é preciso ter que atitudes ajudam a manter acesa a chama do desejo”, conclui.
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